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Covid-19 provoca maior queda de consumo de carne em décadas

10 de julho de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

A Bloomberg publicou esta semana que a pandemia de Covid-19 já provocou a maior queda global de consumo de carne em décadas, assim como uma redução de 3% em relação a 2019. A afirmação é baseada em informações da Organização das Nações Unidas (ONU).

Além de uma mudança global, a ONU observou que há reduções mais drásticas de demanda por carne em algumas regiões do mundo. A previsão é de que a queda não chegue ao fim antes de 2025.

Impacto e consequências

Os fatores que contribuem para isso incluem consequências econômicas, menor circulação de pessoas em restaurantes e crescimento da desconfiança em relação às proteínas de origem animal.

Na China, o impacto tem sido maior porque o país é responsável por cerca de um quarto do consumo mundial desses produtos – e já suspendeu parcialmente a importação de carne do Brasil.

Mais nações têm desacelerado as exportações de proteínas de origem animal. Outra causa é a disseminação da Covid-19 em muitos frigoríficos mundo afora.

A Bloomberg cita a realidade nos EUA, Brasil e Alemanha, que ganharam as manchetes internacionais pelo elevado número de contaminações na indústria de processamento de carne.

Uma mudança alimentar estrutural

“Funcionários lidam com trabalhos perigosos, baixos salários e poucos benefícios. [Mas] ainda é cedo para dizer se o novo escrutínio público sobre as condições dos trabalhadores afetará a demanda”, acrescenta.

“Ativistas do clima pedem há anos a redução do consumo de carne. A agricultura é responsável por mais emissões globais de gases do efeito estufa do que o transporte, graças à produção agropecuária. Apenas carne e laticínios são responsáveis ​​por até 18% das emissões globais de gases do efeito estufa”, reforça a publicação com base em pesquisa da ONU.

Há uma percepção de que a pandemia pode despertar cada vez mais pessoas para a necessidade de uma mudança alimentar em grande escala. “Há indícios de uma mudança estrutural ocorrendo, com milhões consumindo mais proteínas de origem vegetal.”


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