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Desmatamento faz grandes investidores romperem com a JBS

30 de julho de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

O maior grupo de serviços financeiros do norte da Europa, a Nordea Asset Management, que controla um fundo equivalente a R$ 1,38 trilhão e representa vários investidores, decidiu romper com a JBS por causa da associação do grupo brasileiro com compras de bois e vacas proveniente de fazendas denunciadas por desmatamento na Amazônia.

A confirmação foi feita pelo chefe do departamento de investimentos da NAM, Eric Pedersen, segundo publicação de hoje (28) do jornal britânico The Guardian. Ele acrescentou que a decisão foi tomada no mês passado e levou em conta critérios envolvendo responsabilidade ambiental e social.

No entanto, o impacto pode ser ainda maior, já que 29 instituições financeiras, que administram o equivalente a R$ 22,33 trilhões, dizem ter alertado o governo sobre suas preocupações em relação ao desmatamento no país. “No ano passado, a Nordea suspendeu a compra de títulos do governo brasileiro após a crise na Amazônia”, informa a publicação.

Denúncias envolvendo JBS, Marfrig e Minerva Foods

Vale lembrar que em junho o Greenpeace publicou divulgou um relatório apontando que as maiores indústrias de carne do país, como JBS, Marfrig e Minerva Foods, compraram milhares de bovinos criados em áreas de desmatamento ilegal na Amazônia.

Segundo o Greenpeace, as três indústrias que ocupam papel de destaque no cenário global de carne bovina compraram animais transportados da Fazenda Barra Mansa para a Fazenda Paredão, situada no Parque Estadual Ricardo Franco, alvo de desmatamento. O proprietário das fazendas foi identificado como Marcos Antônio Assi Tozzatti.

No relatório, o Greenpeace conclui que nenhum frigorífico ou supermercado no Brasil pode garantir que o gado criado e comprado a partir da Amazônia brasileira seja livre de desmatamento. Ademais, é importante entender que ninguém desmataria a Amazônia ilegalmente para criar gado se não houvesse um mercado consumidor.


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