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Refrigeradores mais potentes podem reduzir emissão de dióxido de carbono na atmosfera

27 de julho de 2020
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Pixabay

Até oito anos de emissões de gases do efeito estufa poderiam ser prevenidos pelas próximas quatro décadas se medidas mais rigorosas fossem aplicadas, mostra estudo.

Ele aponta que aprimorando a eficiência energética dos sistemas de refrigeração pelo uso de refrigeradores ecológicos poderia remover emissões entre 210 e 460 bilhões de toneladas de dióxido de carbono até 2060.

A análise revisada pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (Unep) e pela Agência Internacional de Energia (IEA) descobriu que o uso de aquecedores como hidrofluorocarbonetos (HFCs) poderia evitar o aquecimento global de 0,4°C até o final do século.

Duplicando a potência de refrigeradores até 2050 reduziria-se o uso de eletricidade em até 1300 gigawatts, o equivalente a toda capacidade de energia fóssil da China e da Índia em 2018, poupando cerca de U$2,9 trilhões em custos de eletricidade.

Além disso, de acordo com o relatório, refrigeradores mais eficientes teriam outros benefícios, como melhor acesso a equipamentos de refrigeração que guardam medicamentos e vacinas, melhoria da qualidade do ar e redução de perdas e desperdícios de alimentos.

Uma estimativa de 3,6 bilhões aparelhos de refrigeradores estão sendo usados mundialmente, e este número pode crescer até 14 bilhões até 2050, se refrigeradores começarem a ser utilizados por todos aqueles que precisam, e não somente aqueles que podem pagar por ele.

A demanda crescente por refrigeração contribui significativamente para a mudança climática devido a produção de HFCs e dióxido de carbono, além do amplo uso de energia fóssil. É esperado que esta demanda cresça rapidamente em alguns anos devido ao constante aumento da temperatura mundial, criando um ciclo vicioso de aquecimento global.

Emissões de carbono pela indústria de energia em 2018 obtiveram um crescimento absurdamente mais rápido que nos anos anteriores. Após condições climáticas extremas e oscilações surpreendentes nas temperaturas globais, houve o aumento mais rápido da demanda de gás em 30 anos.

O relatório da Unep/IEA pede por ações governamentais para enfrentar os impactos climáticos, enquanto lança-se estímulos para lidar com a crise econômica causada pelo coronavírus. Ele convida todos os países adotem uma emenda ao protocolo de Montreal, um tratado ambiental acordado em 2016 que pede por uma drástica redução de HFCs.

Inger Andersen, diretor executivo da Unep, disse que refrigeradores ecológicos ajudariam a proteger o meio ambiente e até reduzir o risco de futuras pandemias, enquanto previne emissões de carbono.

Dr Fatih Birol, diretor executivo da IEA, disse que a pandemia ofereceu aos governantes “uma oportunidade única para acelerar o processo de eficiência em refrigeradores ecológicos”, que ele disse ser “uma das ferramentas mais eficazes que os governos têm para atender aos objetivos energéticos e ambientais.”

Ele adiciona: “Aprimorando a eficiência, eles podem reduzir a necessidade de novas usinas de energia, reduzir a emissão de dióxido de carbono e economizar dinheiro dos consumidores.”


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