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MPF vai investigar JBS pela compra de bois criados em reservas e terras indígenas

17 de julho de 2020
2 min. de leitura
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Foto: Editora Globo

A empresa JBS, que atua no seguimento agropecuário, será investigada pelo Ministério Público Federal de Rondônia (MP-RO) após ser denunciada pela Anistia Internacional pela compra de bois criados em áreas protegidas da Amazônia, como terras indígenas e reservas extrativistas de Rondônia.

O anúncio de que uma investigação será realizada foi feito na quarta-feira (15). A JBS divulgou nota negando a acusação apurada pelo MPF.

“Todos os procuradores que atuam na área ambiental participam destas investigações, e propõem as medidas judiciais cabíveis, tanto na área criminal, como na área cível. A invasão e exploração de terras públicas dão origem também a conflitos e disputas por áreas, aumentando a violência no campo e na floresta”, disse a procuradora da República Gisele Bleggi à Rede Amazônica.

Um relatório da Anistia, denominado “Da floresta à fazenda”, aponta indícios de que bois explorados para consumo foram criados de maneira ilegal em áreas de preservação ambiental e, depois, foram comprados e mortos pela JBS para terem sua carne comercializada. O documento foi produzido após seis meses de investigação.

De acordo com a ONG, a empresa comprou bois criados dentro da Reserva Extrativista Rio Ouro Preto, em Rondônia. O local é uma unidade de conservação federal. Outros animais criados na Reserva Rio Jacy-Paraná e na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau também teriam sido comprados pela JBS.

A agropecuária está intimamente ligada à devastação ambiental. Além do desmatamento promovido para criação de bois, o meio ambiente é prejudicado também pelas flatulências dos animais, que emitem gases de efeito estufa; pelo desperdício de grandes quantidades de água (são usados 16 mi litros do líquido na cadeia produtiva de apenas 1 kg de carne, por exemplo); e pela poluição gerada pelos dejetos dos animais, que poluem a água e o solo.

De acordo com um relatório da organização internacional Trase, 81% das áreas desmatadas na Amazônia brasileira em 2018 foram ocupadas por pastos para criação de bois explorados para consumo humano.

Por conta da destruição ambiental, da crueldade ao qual os animais são submetidos e dos efeitos nocivos dos produtos de origem animal à saúde humana, a ANDA incentiva aos seus leitores a adoção do veganismo.

 


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