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Modelo de simulação cria experiência virtual que substitui exploração de golfinhos

6 de julho de 2020
3 min. de leitura
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Divulgação

A empresa VR Therapies, especializada em terapia de exposição à realidade virtual, lançou um novo programa de nado com golfinhos virtual para atender crianças com deficiências ou necessidades intelectuais especiais. A experiência, que combina quatro hidro-piscinas com fones de realidade virtual, simula a atividade e ainda permite brincar com os animais virtuais. Embora o programa tenha sido desenvolvido para fins terapêuticos para atender pessoas que não podem realizar a atividade pessoalmente, é uma iniciativa que mostra que há alternativas à exploração de animais para entretenimento humano.

A empresa fica localizada na cidade de Northampton, na Inglaterra, e desenvolveu o simulador para ajudar pacientes com dificuldades sociais, comportamentais e físicas. A fundadora da VR Therapies, Rebecca Gill, fala sobre a importância da realidade virtual . “Minha paixão é trazer experiências terapêuticas inovadoras para aqueles que mais precisam delas. Ao usar a realidade virtual em vez de animais presos, podemos ajudar a impedir que os golfinhos sejam mantidos em cativeiro, conservar seus habitats e aumentar a conscientização sobre a situação dos mamíferos marinhos em cativeiro”, afirma.

A prática de nadar com golfinhos é cada vez mais criticada. Uma pesquisa recente feita com clientes da Virgin Holidays apontou que 92% dos entrevistados são contrários ao confinamento de golfinhos e preferem ver os animais livres em seu habitat. Segundo informações do Projeto Dolphin, os golfinhos em cativeiro experimentam condições de vida não naturais e não saudáveis. Muitos golfinhos enfrentam agrupamentos desconhecidos, ambientes apertados, privação de alimentos e ambientes desnudos. No mar, eles são alegres, sociáveis e podem viajar até 100 quilômetros por dia.

Outra iniciativa

Dois designers foram premiados por criar um modelo animatrônico de golfinho que pode substituir animais explorados em produções cinematográficas, aquários e zoos. A PETA homenageou Roger Holzberg e Walt Conti, da Edge Innovations, com o prêmio Innovator for Animals pelo golfinho mecânico. Roger Holzberg afirma que o modelo animatrônico é “um sonho tornado realidade” para “aqueles que se preocupam com a preservação de animais marinhos”. A empresa garante ainda que o golfinho robótico “fornece uma maneira de reinventar a indústria de entretenimento marítimo com um futuro sustentável”.

A Edge Innovations informa ainda que o modelo é adequado para uso em “aquários, parques marinhos, parques temáticos, shows de fontes, linhas de cruzeiros, hotéis resort, shopping centers, museus e muito mais”. Em maio desse ano, a ANDA publicou uma matéria sobre o lançamento do projeto. A PETA elogia a iniciativa. “Como os shows de mamíferos marinhos em cativeiro caíram em desuso; e a captura, transporte e criação de animais marinhos se tornou mais restrita, a indústria de parques marinhos como um negócio viável se tornou mais desafiadora”, disse a organização.

E completa: “O apetite do público por esse tipo de entretenimento e educação, infelizmente, ainda existe. Esses projetistas visionários lançaram uma tábua de salvação para golfinhos sensíveis que são explorados em encontros de ‘nado com golfinhos’ e em parques marinhos arcaicos”, aponta.


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