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Flores silvestres estão à beira da recuperação

4 de julho de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

As flores silvestres que ficam nas estradas em volta de Ryhall, uma vila na região leste da Inglaterra, são tão especiais que nos anos 80 foram designadas como local de interesse cientifico. Isso é ao mesmo tempo uma grande vitória e uma terrível tragédia.

A oeste de Ryhall, as beiras da estrada de Tolethorpe são mais esguias, são 5 metros até chegar ao ponto mais aberto, mas sua maior parte é estreita. Apesar disso, elas são ricas em plantas; manjeronas, centáurea-maior, pimpinelas, trevos e botões de barba-de-bode se projetam para cima como dentes de leão gigantes.

As plantas centáurea-maior são acompanhadas pelas florescentes plantas marrons chamadas Orobanche, uma planta parasita que não possui a energia da clorofila; elas roubam sua força magnificente de sua hospedeira.

Uma planta aparentemente bem desconhecida para ser citada nos guias, ela cresce lentamente, com hastes vermelhas, folhas pinadas e ovais e flores amareladas. O alcaçuz-bastardo, que possui um gosto adstringente prolongado como brotos de ervilhas.

Mais facilmente reconhecido, mas igualmente inesperado, são as Trifolium ochroleucon, mais conhecidos como trevos, uma planta frequentemente encontrada nos solos argilosos da Ânglia Oriental.

68% de toda essa espécie de trevos estão nas beiras das estradas – um relatório recente da Plantlife, uma instituição de caridade de conservação de plantas silvestres, revelou que 91 espécies de flores que habitam as beiras das estradas são espécies ameaçadas.

Ao norte de Ryhall, a beira da estrada de Little Warren possui sua própria característica. As cercas são separadas das estradas por alguns metros, uma indicação clara que antes eram terras de criadores de gados onde grandes rebanhos de ovelhas eram conduzidos.

Agora que a terra é quase que exclusivamente arável, as orquídeas piramidais, candelárias da bexiga, Ononis repens, a Geranium pratense e a Lathyrus pratensis, (nomes científicos de espécies de plantas comumente encontradas na Europa), não são mais flores de campos, elas se tornaram plantas de beiras de estradas que se abrigam apesar da constante ameaça de poluição de nitrogênio dos carros e amônia.

Apesar da fragmentação de seus habitats há esperanças, os locais estão sendo monitorados e as plantas estão aguentando. Talvez o advento do carro eletrônico dará mais espaço para respirar, e um dia elas serão capazes de se espalhar de volta para os campos restaurados.


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