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Mercados da China vendem pilhas de cães mortos dias antes do Festival de Yulin

19 de junho de 2020
3 min. de leitura
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Apesar das novas normas que retiram cães e gatos da lista de animais para consumo na China, comerciantes estão vendendo pilhas de cães mortos dias antes do terrível Festival de Yulin, comumente realizado no dia 21 de junho. Ativistas em defesa dos direitos animais fizeram uma investigação e filmaram a venda de animais vivos e mortos sendo realizada normalmente, sem nenhuma fiscalização.

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O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China pede que a sociedade se conscientize sobre tradições retrógradas que já não fazem mais sentido na atualidade e enfatizou que cães e gatos são “companheiros” e precisam ter sua senciência reconhecida. No entanto, parece que apenas as cidades de Pequin, Shenzhen e Zhuhai anunciaram proibições do consumo.

Até o momento, autoridades chinesas não se manifestaram sobre o Festival de Yulin, que anualmente mata mais de 10 mil animais. Os métodos são terríveis, muitos cães são mortos por espancamento, eletrocussão ou são fervidos ainda vivos. A tradição chinesa acredita que quanto mais dor o animal sentir antes de morrer, mais saborosa e macia será a carne na hora do consumo.

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Novos relatórios feitos pela Humane Society International (HSI) apontam que muitos comerciantes que antes atuavam em pontos espaçados, agora estão se reunindo em um grande mercado de Nanchao e estão optando por já vender a carne de cachorro preparada para evitar investigações de ativistas feitas em anos anteriores e driblar possíveis fiscalizações sanitárias.

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Ativistas conseguiram salvar 10 cachorrinhos que seriam mortos para consumo após a negociação com um comerciante. Uma das ativistas, Jenifer Chen, ficou aterrorizada com o mercado de cães. “Não acredito que alguém iria querer comer esses queridinhos adoráveis. Minhas mãos tremiam quando tirei o primeiro filhote da gaiola. Ele continuou lambendo minhas mãos, sem imaginar que em breve provavelmente teria sido morto e servido como comida”, conta.

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A HSI reforça o pedido para que o governo chinês proíba definitivamente o festival. “O momento é perfeito para a China combater o consumo de cães e gatos e, embora eu saiba que a maioria acredita que o festival não será proibido tão cedo, nós ativistas testemunhamos que muitas coisas estão em transformação no país. Espero que Yulin mude não apenas pelo bem dos animais, mas também pela saúde e segurança de seu povo”, disse um porta-voz da organização.

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