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Húngaros criam alternativa ao salame com banana e linhaça

28 de junho de 2020
3 min. de leitura
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(Fotos: iStock/Plantcraft)

A startup húngara Plantcraft, fundada por Kati Ohens e Csaba Hetenyi, assumiu o desafio de produzir alternativas mais saudáveis aos embutidos. Seus produtos têm quase oito vezes menos sódio do que as versões tradicionais de origem animal, além de contarem com gorduras boas – como linhaça e óleo de semente de uva.

O salame italiano, por exemplo, que normalmente conta com cerca de 1650 miligramas de sódio a cada porção de 80 gramas, na versão da Plantcraft não ultrapassa 210 miligramas. Na mesma esteira, estão também seus dois patês nos sabores picante e suave que, segundo a empresa, são livres de aditivos e alérgenos.

Mas provavelmente você está querendo saber do que são feitos esses produtos. Os ingredientes utilizados pela empresa húngara são farinha de banana verde, linhaça, proteína de ervilha e óleo de semente de uva, além de ervas e alho.

“O futuro dos alimentos está nos vegetais”

“O futuro dos alimentos está nos vegetais e há mais do que o suficiente para nossa crescente população. Nós apenas precisamos usar a criatividade para produzir alimentos que são bons para nós e para o planeta, mas também saborosos e acessíveis”, disse Csaba Hetenyi à Incubadora ProVeg.

Sobre a escolha da farinha de banana verde como um dos ingredientes principais, ele sustenta que ajuda a aumentar a absorção dos nutrientes, melhorar a digestão e reduzir a pressão arterial, assim como favorecer as atividades metabólicas.

Outro importante ingrediente, o óleo de semente de uva utilizado nos produtos veganos da Plantcraft é produzido a partir de sementes de uva descartadas na produção de vinho na Hungria.

“É tão rico em ácidos graxos ômega-6 e vitamina E que as pessoas o usam como um produto de beleza natural. Nós o usamos em nossas [linguiças] calabresas à base de plantas”, observou Kati Ohens.

Plantcraft recebeu apoio de incubadora para empresas veganas

A Plantcraft é mais uma startup que recebeu o apoio da Incubadora da ProVeg International, que ajuda a alavancar empresas veganas na Europa.

Muitas empresas iniciantes que querem atender à crescente demanda por novos produtos veganos acham difícil entrar nesse mercado. Em muitos casos, há falta de recursos financeiros, know-how ou infraestrutura”, informou o CEO da ProVeg, Sebastian Joy.

E acrescentou: “Por isso, a Incubadora ProVeg oferece suporte a empresas iniciantes no desenvolvimento de seus produtos e em todas as etapas do processo de entrada no mercado.” Para participar, não é preciso saber falar alemão, mas sim inglês.

Com o objetivo de ajudar a transformar a indústria de alimentos, a ProVeg recebe inscrições de empresas interessadas em ingressar na incubadora. Quem for aceito recebe uma ajuda inicial equivalente a R$ 113 mil com potencial para investimentos adicionais de aproximadamente R$ 170 mil e até mais de R$ 1 milhão após a conclusão do programa de incubação que tem duração de três meses.

Em menos de dois anos, a incubadora da ProVeg já ajudou mais de 30 startups de 16 países, que juntas arrecadaram mais de R$ 45 milhões em investimentos e lançaram mais de 40 produtos veganos.


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