O policial militar que tirou a vida de um cachorro com um tiro na última segunda-feira (22) na cidade de Fazenda Rio Grande, no Paraná, responderá pelo crime de maus-tratos a animais.
“O policial veio acompanhado do superior hierárquico dele e do seu advogado. Ele alega que se defendeu de uma injusta agressão. Que já havia sido mordido pouco antes e foi atacado novamente. Mas é caso de maus tratos. Ele vai atrás do cachorro para chutar e depois dar o tiro. Já encaminhei o procedimento para Justiça e a Corregedoria”, disse ao portal Tribuna PR o delegado Matheus Laiola.
Imagens mostram o policial conversando com um homem em uma residência. Ele mostra o tornozelo e conta que foi mordido. Em seguida, o cachorro passa pelo portão e avança no policial, que chuta e atira nele.
Pipoco era um cachorro comunitário que recebia cuidados da vizinhança. “O Pipoco estava sempre ao lado de outro cachorro, o Pipoca. Esse nós vamos lá resgatar”, disse o delegado.
O advogado do PM, Rogério Nogueira, afirmou que o cão não vivia na rua. Segundo ele, o animal era tutelado pelo homem com o qual o policial conversou antes de atirar.
“Ele havia passado uma vez na rua e foi mordido no tornozelo. Depois, voltou para tentar localizar o dono e o cachorro avançou de novo. Então, ele esperou para ver de quem era o cão. Quando ele viu o animal entrando na residência, foi avisar o proprietário para tomar cuidado, pois o cachorro poderia avançar em mais pessoas. Os dois tiveram uma discussão e o dono soltou o cachorro para avançar nele”, disse.
Ao ser questionado pelo portal Tribuna PR sobre a necessidade de matar o cachorro, Nogueira disse que o policial prestou socorro após atirar, que gosta de cães e está abalado.
A Polícia Militar publicou nota sobre o caso, informando que “além do Inquérito Policial feito pela Polícia Civil, o batalhão instaurou um procedimento administrativo para apurar os fatos na esfera disciplinar”.