Vinte e cinco pinguins-de-magalhães foram encontrados em praias ao norte de Santa Catarina na última quarta-feira (17). Dezenove deles estavam mortos. Alguns estavam presos a redes de pesca, apetrecho que tira a vida de inúmeros animais além dos peixes, incluindo tartarugas.
Encontrados com vida, seis pinguins foram levados à Unidade de Estabilização de Animais Marinhos, do Projeto de Monitoramento de Praias da Univali (PMP BS Univali), em Penha, onde recebem cuidados de saúde.
Os pinguins vivos foram encontrados encalhados nas praias de Piçarras, em Balneário Piçarras, Estaleirinho, em Balneário Camboriú, Tabuleiro, em Barra Velha, e Armação e Praia Vermelha, em Penha. A PMP BS Univali informou ao G1 que as aves são juvenis e estavam debilitadas.
Além de estar preso em uma rede de pesca, um dos pinguins sobreviventes tinha marcas na região do bico. As redes estão entre as principais causas de morte da espécie durante a migração.
Neste período, os pinguins viajam da Patagônia ao Brasil e sofrem, assim como as tartarugas, por conta da pesca – uma das razões pelas quais ativistas pelos direitos animais incentivam a adesão ao veganismo, como forma de deixar de colaborar, indiretamente, para as mortes diretas e indiretas de animais.
Os corpos dos 19 animais mortos foram encontrados em outras praias do estado. Seis estavam nas praias da Península e Central, em Barra Velha. Cinco foram localizados em Navegantes, quatro em Penha e dois em Balneário Piçarras. Em Itajaí, na valeta da Praia de Cabeçudas, outro pinguim foi encontrado morto e, segundo populares, o animal estava emalhado e foi agredido.