Os bloqueios impostos pela pandemia de Covid-19 condenarão à morte mais de 56 mil ovelhas que seriam exportadas da Austrália para o Oriente Médio no último mês. O navio Al Kuwait atracou no porto de Fremantle no dia 22 de maio. As ovelhas foram encaminhadas para dentro do navio, mas após vários funcionários da tripulação testarem positivo para o novo coronavírus, a embarcação foi impedida de partir e os animais foram deixados à própria sorte dentro do navio.
O Departamento de Agricultura australiano afirmou que está “levando a sério o bem-estar dos animais”, mas que a melhor decisão é que os animais sejam mortos o mais rápido possível e que a carne seja comercializada na própria Austrália com redução de preço. O órgão público afirma que essa decisão foi tomada para mitigar o sofrimento do animais e impedir novas tragédias de mortes em massa de ovelhas como ocorreu no passado.
Donos de fazendas industriais que lucrariam com a exportação das ovelhas pedem que o governo permita que o navio parta, mesmo com os animais confinados há mais de 10 dias em condições precárias. O governo respondeu que é importante obedecer as regulações de bem-estar animal que não recomendam viagens longas após longos períodos de confinamento. O navio terá permissão para partir apenas após o dia 13 de junho.
Ativistas em defesa dos direitos animais da Austrália criticam fortemente que a exportação de animais vivos ainda seja uma realidade no país. Eles apontam que é lamentável que os interesses humanos se sobrepunham tão fortemente aos valores de humanidade básicos com a preservação e valorização da vida. Toda vida importa e tudo que vive merece respeito, compaixão e direito à liberdade.
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