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Senado deve avaliar se reconhece “rodeio crioulo” como cultura

26 de maio de 2020
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Laço é uma das provas que pode ser beneficiada mais uma vez por uma proposta no Congresso | Pixabay

Depois de ser aprovado em quatro comissões da Câmara dos Deputados, um projeto de lei de autoria do deputado Giovani Cherini (PL-RS) que visa elevar o “rodeio crioulo” à atividade da cultura popular está aguardando apreciação do Senado.

Se o PL 213/2015 for aprovado e sancionado, práticas como provas de laço, vaquejada, gineteada, pealo, chasque e cura de terneiro passarão a ser reconhecidas em todo o país como atividades culturais, embora algumas já tenham esse infeliz reconhecimento à luz da legislação brasileira.

No entanto, é válido reconhecer também que com a aprovação do PL de Cherini os defensores do “rodeio crioulo” terão mais um amparo legal a favor do uso de animais como entretenimento e contra ativistas que se opõem a essas práticas por entendê-las como em desacordo com o bem-estar animal.

A prova de laço, por exemplo, consiste em perseguir e laçar um bezerro com 40 dias de idade, que pode sobreviver com traumas e ainda corre o risco de morrer na arena dependendo da intensidade da violência. Em defesa da proposta, Giovani Cherini cita como prioridade os benefícios econômicos.

“Se considerarmos a movimentação econômica envolvendo apresentações artísticas, logística, animais, comércio, vestuário, organização, turismo, entre outros, os diversos Rodeios que acontecem no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país, veremos que os números são extraordinários”, argumenta.

Entre os deputados que facilitaram a aprovação do PL na Câmara, abrindo caminho para que chegue ao Senado, estão Heitor Schuh (PSB-RS), Rodrigo Martins (PSB-PI) e Neri Geller (PP-MT), além do agora ex-deputado e músico sertanejo Sérgio Reis (PRB-SP).


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