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Pecuária favorece transmissão de vírus e bactérias de animais para seres humanos

6 de maio de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

A pecuária intensiva fornece condições ideais para a disseminação de bactérias e vírus que podem ser transmitidos de animais para seres humanos e desencadearem novas pandemias. A afirmação é a conclusão de um estudo realizado por um grupo de cientistas que estudaram a genética da bactéria Campylobacter jejuni, comum em bois e vacas mantidas em confinamento para consumo humano.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse micro-organismo também é a causa bacteriana mais comum de gastroenterite humana. Os pesquisadores descobriram que as cepas específicas de bois e vacas surgiram no século 20, coincidindo com o aumento e expansão mundial da pecuária. A atividade causou alterações anatômicas, fisiológicas e dietéticas nos animais.

Essas mudanças também fomentaram alterações genéticas em vírus e bactérias e isso permitiu com que esses micro-organismos infectassem seres humanos. A pesquisa foi divulgada em consonância com uma campanha lançada pela organização vegana Viva! que visa conscientizar a população sobre o risco da criação, confinamento e morte de animais para consumo e incentiva a adoção do veganismo.

Segundo Sam Sheppard, biólogo e um dos autores do estudo, ignorar este alerta não é uma opção. “Estima-se que haja 1,5 bilhão de bois na Terra. Se cerca de 20% deles carregam Campylobacter, isso representa um enorme risco potencial à saúde pública. Nas últimas décadas, houve vários vírus e bactérias patogênicas que mudaram espécies de animais selvagens para humanos”, disse.

E completa: “O HIV começou em macacos; H5N1 veio de pássaros; agora suspeita-se que a Covid-19 tenha vindo de morcegos. Nosso trabalho mostra que as mudanças ambientais e o aumento do contato com animais de fazenda também causaram infecções bacterianas nos seres humanos”, salientou o pesquisador, que afirma ainda que as epidemias anteriores eram alertas para a alteração dos sistemas alimentares.


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