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Milhões de animais criados para consumo são mortos por asfixia, afogamento e tiro

22 de maio de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

Calcula-se que mais de 10 milhões de galinhas foram condenadas à morte devido à interrupção das atividades de matadouros considerados zonas quentes de transmissão da Covid-19. Os animais foram sufocados com uma espuma à base de água, similar à espuma de combate a incêndios, um método extremamente cruel e desumano.

A indústria de porcos apontou que mais de 10 milhões de animais também serão mortos até setembro. Organizações em defesa dos direitos animais apontam que entre os métodos utilizados estão gases, tiro, overdose de anestésico ou “trauma por força contundente”. Há relatos ainda de adição de CO2 ao sistema de ventilação.

A cadeia de produção de carne nos Estados Unidos foi duramente atingida pelo fechamento de matadouros devido à alta incidência de Covid-19 entre os trabalhadores. Aproximadamente 40 frigoríficos foram fechados e a capacidade de trabalho dos que continuam abertos foram reduzidas em até 40%.

Leah Garcés, presidente da organização de bem-estar animal Mercy for Animals, afirma que é difícil calcular o número de animais mortos. Em uma entrevista ao The Guardian, ela explica que os porcos podem ser o mais atingidos. “As gestações já estavam em movimento quando ocorreram os fechamentos dos matadouros”, disse.

Entre os métodos sugeridos pela American Veterinary Medical Association estão incluídos overdose de anestésico injetável, gases, disparos com pistolas ou parafusos, eletrocussão e traumatismo manual por força contundente. Há ainda o desligamento do sistema de ventilação e intoxicação com nitrato.

O traumatismo manual inclui atirar leitões contra o chão e cozinhar animais vivos. Nas últimas seis semanas, é possível que mais de dois milhões de animais já tenham sido mortos. Há denúncias de porcas grávidas sendo mortas ou animais que são deixados sem alimento para economia de ração.

Outra estratégia cruel adotada adotada por criadores é aumentar a temperatura dos recintos dos animais. Em temperatura elevada, porcos setem menos fome e ficam desidratados. Animais criados para consumo sofrem do dia em que nascem até o dia de suas mortes. A desvalorização e objetificação da vida são nítidos.


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