EnglishEspañolPortuguês

Facebook permite a venda de pangolins e outras espécies ameaçadas

11 de maio de 2020
2 min. de leitura
A-
A+
Pixabay

Pangolins estão entre os animais mais traficados do mundo. O uso de suas escamas pela medicina tradicional asiática levou à espécie a uma vulnerabilidade alarmante. Especialistas estimam que dez mil pangolins são traficados anualmente e as rotas principais desse contrabando estão entre a África e a Ásia.

Apesar do status de perigo e da conexão entre o consumo de animais selvagens e a pandemia de Covid-19, segundo denúncia do portal One Green Planet, o Facebook permite a venda de partes de espécies ameaçadas em páginas e grupos. Apesar da rede social vedar este tipo de comércio, não há fiscalização.

Uma das páginas mais acessadas para a compra de escamas de pangolins perdurou por anos até uma que uma denúncia feita pelo portal BuzzFeed expôs a indiferença da mídia social de Mark Zuckerberg. Em 2019, a PETA comprou ações do Facebook para atuar no combate ao tráfico internacional de animais.

Infelizmente, nenhuma novidade

Em agosto de 2019, centenas de partes de calau-de-capacete, pássaro ameaçado de extinção, foram encontradas à venda em grupos no Facebook em língua tailandesa. Uma pesquisa de seis meses conduzida pelo TRAFFIC, a Rede de Monitoramento do Comércio de Animais Selvagens, teria encontrado 40 grupos na rede social onde partes do pássaro e uma série de outras espécies estavam à venda.

Riscos

Estudos alertam que o tráfico de animais selvagens e o consumo da carne destes animais é tão perigoso para os seres humanos quanto para os animais, considerando questões sanitárias e a possibilidade de doenças serem transportadas na carne. Em uma entrevista ao The Mirror, o Dr. Ben Garrod, professor de Biologia Evolutiva e Engajamento Científico da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, afirma que um novo surto epidêmico possa surgir no Reino Unido.

“Embora essa pandemia global tenha começado em Wuhan, é possível que a próxima comece em Londres ou Washington. Atualmente, carne animal e partes do corpo estão sendo transportadas ilegalmente em todo o mundo. As companhias aéreas e as agências de fronteira são ótimas para impedir que pessoas, drogas e armas sejam contrabandeadas. Mas aqui estamos com algo mais fundamentalmente perigoso do que qualquer ato de terrorismo ou desastre natural”, disse.


Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.


 

    Você viu?

    Ir para o topo