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Desmatamento cresce em meio à pandemia de Covid-19

24 de maio de 2020
2 min. de leitura
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Pixabay

Um novo relatório divulgado pela World Wildlife Fund (WWF) aponta que o desmatamento em florestas tropicais aumentou em um ritmo alarmante desde o início da pandemia de coronavírus. Dados de satélites de 18 países compilados pela Universidade de Maryland sugerem um aumento de 150% em março desse ano comparado ao mesmo período nos últimos três anos.

Isso indica que 6,5 mil quilômetros de floresta tropical foram derrubados apenas em março, uma área sete vezes maior que Berlim, a capital da Alemanha. As florestas mais atingidas foram as da Indonésia, com mais de 1,3 mil quilômetros desmatados, seguida pelo Congo, com mais de 1 mil quilômetros e pelo Brasil, com mais de 950 quilômetros quadrados de dizimação da flora.

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) afirma que também houve grandes taxas de desmatamento em abril no Brasil. Pesquisadores registraram uma perda de 529 quilômetros quadrados na Amazônia no último mês, um aumento de 171% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os principais estados afetados são Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas.

A WWF acredita que o aumento do desmatamento em florestas tropicais está sendo alimentado pela pandemia de Covid-19. A organização acredita que as orientações de distanciamento social reduziram o patrulhamento de reservas naturais e indígenas, uma situação que deixa brechas para organizações criminosas e madeireiros. Outro agravante apontado é o aumento do desemprego que atrai mais pessoas em busca de fontes de renda.

O comércio de madeira realizada de forma legal e sustentável é a renda de vários países africanos, mas os bloqueios impostos pelo coronavírus e a falta de educação ambiental estão desvalorizando os esforços ambientais e forçando muitos comerciantes a buscar novas formas de subsistência que trazem danos à natureza, como a derrubada de árvores para a produção de lenha.

A WWF pede que governos criem programas que apoiem pessoas que tiram sua renda do extrativismo sustentável para evitar a absorção dessa mão de obra em atividades ilegais e negativas para o meio ambiente.


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