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Golfinho robótico é alternativa à exploração de animais em aquários

12 de maio de 2020
3 min. de leitura
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Ilustração | Pixabay

A pandemia expôs a fragilidade da existência de zoos e aquários e o quanto esses animais sofrem devido aos interesses e ganância do ser humano. Enquanto o mundo gira um pouco mais lento e a natureza respira aliviada, uma empresa de tectonologia da Nova Zelândia está pensando no futuro e elaborou uma resposta para o possível fim da exploração de animais para entretenimento humano.

Melanie Langlotz, CEO da Ge-Start Games, ajudou na construção de um golfinho robô em tamanho natural que, inclusive, pode nadar e reagir a gestos humanos. Além de fornecer uma alternativa ética à aprisionar golfinhos em cativeiro e uma nova ferramenta para a criação de filmes e simulações, também pode significar novos investimentos futuros para entretenimento humano.

Langlotz é especialista em jogos de realidade aumentada e diz que a principal motivação para o projeto é a ética. Ela e o seu sócio, Li Wang, foram chamados para trabalhar na elaboração de um aquário que manteria golfinhos e baleias em pequenos tanques, mas nenhum dos dois estava confortável com a ideia de tirar esses animais de seu habitat e aprisioná-los.

Eles perceberam que podiam usar suas habilidades e experiências par dar vida a espécies animatrônicas. A ideia era excelente, mas a dupla precisava de profissionais especializados para transformar esse sonho em realidade. O início da jornada foi muito difícil, pois a maioria dos profissionais convidados para o projeto afirmavam ser muito difícil criar um robô que pudesse ficar muito tempo embaixo da água.

Felizmente, a coisa começou a crescer e uma oferta de ajuda veio de dois especialistas em animatronics em São Francisco, nos Estados Unidos, Roger Holzberg e Walt Conti, que ajudaram a criar animais robóticos para filmes como Star Trek e Jurassic World. Com o auxilio da dupla, o primeiro protótipo de 270 kg estava pronto para mergulhar na piscina no início deste ano.

Holzberg, ex-vice-presidente e diretor de criação da Disney, disse que o golfinho tem uma bateria de 10 horas e dura 10 anos em água salgada – mas a verdadeira magia está em sua aparência realista. “Este golfinho pesa, sente e foi projetado para simular tudo, desde a estrutura esquelética, a interação muscular, as bexigas gordas e os depósitos de peso em um verdadeiro golfinho-gargalo adolescente”, disse.

Agora, a equipe está procurando maneiras de produzir golfinhos robóticos em massa e adicionar recursos, incluindo um furo funcional. Eles também estão trabalhando em tanques especiais para abrigar os golfinhos-robôs, com a ajuda da empresa neozelandesa Marinescape, que projetou o aquário de Kelly Tarlton em Auckland. Os compradores já estão fazendo fila na China.

Os desenvolvedores do golfinho esperam que isso transforme radicalmente a indústria de cativeiro marítimo.


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