Explorada durante toda a vida, a elefanta Mara poderá finalmente viver uma vida digna. Isso porque a fronteira entre Foz do Iguaçu (PR) e Puerto Iguazu, na Argentina, que está fechada por conta da pandemia de Covid-19, foi reaberta na última segunda-feira (11) exclusivamente para a passagem do caminhão que está levando Mara para seu novo lar.
Nascida em cativeiro na Índia, a elefanta foi comercializada, como se fosse um objeto, para outro cativeiro na Alemanha. Em 1970, quando tinha poucos anos de vida, Mara foi levada para o Uruguai, onde passou a ser explorada para entretenimento humano pelo Circo África.
A vida de exploração continuou quando ela foi encaminhada ao Circo Sulamericano, na Argentina, onde ficou até o estabelecimento falir. Dali em diante, Mara passou a viver no zoológico de Buenos Aires, tratada como uma atração, objetificada e aprisionada.
Como a introdução de Mara à natureza é impossível por conta de seu triste histórico, o caminho mais viável e digno para a elefanta é a vida em um santuário. Retirada do zoológico, ela está sendo transportada para o Santuário dos Elefantes, na Chapada dos Guimarães (MT), onde poderá desfrutar de um espaço grande, longe dos cárceres que a aprisionaram durante toda a vida.
A viagem da elefanta conta com a escolta da Polícia Rodoviária Federal. Ela está sendo transportada em um compartimento com janelas, que tem três metros de altura por cinco metros de largura. Especialistas acompanham e monitoram o animal.
A previsão é de que Mara, que tem entre 50 e 54 anos de idade, chegue ao santuário na quarta-feira (13). A viagem se iniciou no sábado (9).