A fazenda Sprout Creek, em Poughkeepsie, na cidade Nova York (EUA), suspendeu as operações e ativistas em defesa dos direitos animais estão lutando para salvar os 200 animais mantidos no local. Os pecuaristas afirmam que pretendem leiloar os animais, pois não terão condições de alimentá-los enquanto as atividades estão paralisadas devido à pandemia. Os ativistas querem que os animais sejam encaminhados para um santuário, onde serão tratados dignamente e terão a chance de viver.
O Catskill Animal Sanctuary rapidamente abriu suas portas e disponibilizou sua equipe para resgatar e acolher os animais, mas os interesses econômicos estão se sobrepondo ao desejo de fazer a coisa certa. Os pecuaristas afirmam que venderão os animais, mas se certificarão de que eles serão tratados de forma “adequada e humana”. O santuário questiona se é possível que um animal explorado e brutalmente morto após uma vida de escravidão possa realmente descobrir o que é humanidade.
O santuário lamenta a falta de transparência da fazenda. Segundo Kathy Stevens, fundadora do Catskill Animal Sanctuary, em uma entrevista ao VegNews, o destino dos animais é sombrio. “Eles dizerem que os animais serão humanamente gerenciados levanta questões para nós. Se Sprout Creek realmente encontrasse lares amorosos para esses animais, certamente eles gostariam que o público soubesse. O segredo é o que é alarmante para nós”, aponta a ativista.
Entre os animais mantidos atualmente na fazenda há 85 cabras recém-desmamadas, cabras prenhes e uma vaca gestante, cinco bezerros e mais de 100 galinhas.
Histórico de desrespeito aos animais
Em agosto de 2019, o Woodstock Sanctuary resgatou 99 galinhas após a Sprout Creek publicar um anúncio no Craigslist, um site de anúncios, oferecendo os animais por apenas US$ 2, afirmando serem uma ótima opção para o cozimento de um ensopado. Quando questionados sobre o porquê da venda on-line, a fazendo tentou contornar a situação afirmando que estava com problemas de estrutura para manter as aves.
O caso foi divulgado pelo Woodstock Sanctuary em seu perfil no Facebook. “Nossa equipe testemunhou em primeira mão o tratamento dos animais. Mas essas quase 100 galinhas têm tanta sorte que vimos essa postagem, porque agora estão vivendo suas vidas em santuários e casas particulares onde nunca serão exploradas ou mortas. O mesmo futuro alternativo está sendo oferecido a alguns dos animais agora em Sprout Creek“, disse o santuário.
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