EnglishEspañolPortuguês

Milhares de cães e gatos serão mortos em abrigos devido à pandemia

17 de abril de 2020
2 min. de leitura
A-
A+
Pixabay

Tammy Turley, diretora executivo do abrigo de resgate de animais Mostly Mutts, ao norte de Atlanta, nos Estados Unidos, acredita que milhares de cães e gatos em todo o país serão condenados à morte devido ao colapso econômico trazido pela pandemia do coronavírus e o desequilíbrio entre o aumento do abandono de animais e a queda de adoções e doações.

Ela afirma que é política dos abrigos norte-americanos sacrificar animais saudáveis que não têm a sorte de serem adotados. “As famílias abandonam seus animais domésticos ou os entregam a abrigos, e quando esses abrigos estão superlotados e os animais não são adotados, chega a hora de induzi-los à morte”, denuncia a ativista em defesa dos direitos animais.

Turley aponta ainda que o sacrifício de animais saudáveis já é comum em abrigos, mas a pandemia acelerá essa prática e a incerteza trazida pela crise, promoverá um verdadeiro holocausto de animais que, em teoria, deveriam estar em um local seguro. A ativista diz que só a população pode salvar esses animais.

Para tentar conter a onda de mortes em massa, Turley faz um apelo para que moradores de o país visitem abrigos e ofereçam lares temporários para cães e gatos que em poucas semanas podem ser mortos. Ainda que não seja possível uma adoção definitiva, oferecer um lar de acolhimento prolonga a vida destes animais até que os abrigos consigam se recuperar economicamente.

A ativista conta que com a chegada da Covid-19, ela imediatamente fez uma grande campanha para conseguir o lar para todos os animais acolhidos pelo Mostly Mutts. “Tínhamos 70 cães e alguns gatinhos prontos para serem adotados, mas sabíamos que com a quarentena não teríamos voluntários para cuidar deles. Anunciamos em redes sociais e recebemos 86 ofertas de adoções e lares temporários”, disse.

E completa: “Mas eu sei que mais estão chegando à medida que a economia piora. As pessoas estão assustadas e muitas famílias vêem alimentar e cuidar de um animal doméstico como uma despesa que não podem pagar agora – mesmo que esse animal possa ter sido um membro da família há anos. É triste, mas é por isso que nosso abrigo está aqui”, acrescenta.


Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.


 

    Você viu?

    Ir para o topo