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Flores desabrocham sem a interferência humana e podem salvar abelhas da extinção

29 de abril de 2020
3 min. de leitura
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O isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus está permitindo que as taxas de poluição diminuam e que os animais voltem a transitar em liberdade em busca do seu habitat e de paz. Um desses primeiros exemplos aconteceu na Itália, quando cisnes e até mesmo um golfinho foram visto no canal de Veneza devido à despoluição das águas.

Mas não é só no mundo animal que as espécies respiram aliviadas, árvores, plantas e flores também estão se beneficiando da redução das ações antrópicas. Flores silvestres estão irrompendo em diversas do mundo, inclusive em meios urbanos. Além de encher as cidades de cor e beleza, elas também estão atraindo, ainda que timidamente, a presença de abelhas.

Visões otimistas acreditam que isso pode significar uma recuperação da população de abelhas, espécies ameaçada de extinção devido à pesticidas e à poluição atmosférica. As flores fornecem às abelhas néctar e pólen gratuitamente, enquanto as abelhas espalham novas sementes que ajudam fecundar outras plantas. O coronavírus mostrou que o mundo pode viver em perfeito equilíbrio sem a presença humana.

Segundo a organização Plantlife, muitas cidades dispõem de verbas para dizimar plantas silvestres em meio urbanos para não prejudicar construções ou não “sujar” as cidades. Com a contensão de recursos trazida pelo coronavírus, esses serviços foram paralisados e deram às flores a oportunidade de crescer em desabrochar em ruas desertas e isso é lindo.

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A Plantlife afirma ainda que além de abelhas, o aumento no número de plantas também beneficia diversas outras espécies como borboletas, pássaros, morcegos e uma gama imensa de insetos que dependem naturalmente de plantas silvestres para sobreviver. A pandemia mostrou o quanto a ações humanas causam impacto direto em diversas espécies.

Abelhas

Apesar de ainda estar longe da extinção, a população de abelhas está diminuindo rapidamente, caindo incríveis 89% entre 2007 e 2016. A queda é preocupante, principalmente considerando que elas desempenham um papel fundamental na polinização das plantas do mundo.

Sem as abelhas, agricultores teriam dificuldade em produzir alimentos básicos, como frutas e legumes. Uma única colônia pode polinizar 300 milhões de plantas por dia. A espécie está sob ameaça em todos os países do mundo, mas principalmente nos Estados Unidos. Apenas no inverno passado, cerca de 40% das colônias morreram no país.

A principal razão é a perda de habitat, seja para a agricultura ou devido a urbanização. Mudanças climáticas e fertilizantes também são grandes fatores, assim como vírus (as abelhas não possuem defesas naturais contra).

Se elas desaparecessem por completo da face da Terra, provavelmente haveria um aumento considerável na fome do mundo, além da perda permanente de alguns alimentos, como o mel, algumas nozes e feijões. Os animais também sofreriam, sem as plantas polinizadas como fonte de alimento. Muitos medicamentos dependentes das plantas também não poderiam mais ser fabricados.

Algumas regiões estão se movendo para proteger os insetos. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos proibiu o uso de pesticidas ligados à exterminação das abelhas. A Europa adotou medidas semelhantes.

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Startups também estão tomando atitudes para ajudar. A SeedLabs, por exemplo, na Califórnia, criou um alimento especial para as abelhas, com probióticos para impulsionar o sistema imunológico delas.

Segundo o Daily Mail, pessoas também podem ajudar plantando flores ricas em pólen e néctar, não atacar as abelhas quando se aproximarem e educar as outras pessoas sobre a importância delas.


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