EnglishEspañolPortuguês

Dia da Terra: pandemia, mudanças climáticas e uma chance de recomeço

22 de abril de 2020
4 min. de leitura
A-
A+
Pixabay

O Dia da Terra é comemorado anualmente em todo o mundo no dia 22 de abril. A data foi criada em 1970 e seu marco foi um fórum ambiental organizado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, que atraiu a atenção de mais 20 milhões de pessoas sobre a importância da preservação do planeta para a sobrevivência da humanidade. Pela primeira vez o tema conseguiu atrair a atenção de um grande número de pessoas.

O estopim para a criação da data foi a explosão em uma plataforma de extração de petróleo na costa de Santa Bárbara, nos EUA, em 1969. O acidente despejou cerca de 3 milhões de galões de óleo e foi responsável pela morte de pelo menos 10 mil animais e aves marinhas. Este desastre ambiental incentivou a criação de diversos movimentos e ações de ativistas em prol da preservação do meio ambiente.

Pixabay

A Organização das Nações Unidas (ONU) só oficializou a comemoração em 2009, na 80º Assembleia Geral das Nações Unidas. A data também é chamada pela ONU de “Dia Internacional da Mãe Terra”. Não há muito o que comemorar. Ano após anos o planeta testemunha o aumento de catástrofes e acidentes que causam dados incalculáveis por todo o mundo. Muitos deles causados pela ação e interferência humana na natureza.

Em 2020, é comemorado o 50º Dia da Terra e o futuro do planeta nunca esteve tão em risco. Uma pandemia nascida em um “mercado úmido” chinês – locais onde animais, principalmente espécies silvestres, são mortos e consumidos, envolveu todo o mundo em uma aura de temor e incerteza. Uma coisa aprendemos: nunca mais poderemos voltar ao que éramos. Precisamos nos unir e proteger o planeta para que nosso lar seja preservado. Nosso próprio futuro está em jogo.

Pixabay

As políticas de distanciamento social e paralisação de atividades deixou evidente o impacto humano na natureza. Sem a interferência dos seres humanos, a natureza está respirando aliviada. Golfinhos, cisnes e peixes voltaram ao Grande Canal de Veneza, na Itália, cordeiros e carneiros selvagens andam pelas ruas do Reino Unido, elefantes e macacos andam tranquilamente por toda Índia e Tailândia, baleias voltam ao litoral da Franca e porcos selvagens retornam a Israel. Após 100 anos, um lobo-cinzento foi visto na Normandia.

São exemplos que mostram o poder de recuperação da natureza. Destruímos diversos habitats e ecossistemas para construir estradas e prédios, poluímos o ar e a água, dizimamos populações inteiras de animais e causamos um desequilíbrio irreversível. Segundo dados projetados pela ONU, até 2050 o mundo poderá ter mais de 2,2 bilhões de pessoas. O modelo atual não será suficiente para suportar a grande densidade demográfica esperada e cenários apocalípticos podem deixar de ser apenas cenas de filmes.

Uma saída possível

Pixabay

O cenário é pessimista, mas há soluções que podem ser praticadas para minimizar os danos e criar uma oportunidade para o futuro da Terra. Uma delas é a adoção de um estilo de vida vegano e livre de exploração animal. Já foi comprovado que o processo de criação de animais para consumo humano é o principal agente poluidor e contribuidor para o desmatamento e aquecimento da temperatura do planeta. Além disso, especialistas relacionam a criação e confinamento de animais para consumo como um dos fatores para o surgimento de novas doenças e pandemias.

Uma dieta vegetarian estrita e a adoção de uma filosofia vegana também podem ser as responsáveis pelo maior acesso de alimentos a toda população mundial, reduzindo impactos ambientais, desigualdades sociais, fomentando um novo modelo econômico sustentável e uma geração de seres humanos mais compassivos e pacíficos, atentos às necessidades do planeta, de seus semelhantes e de todas as espécies vivas do planeta.

Pequenos gestos e escolhas podem fazer toda a diferença: separar e reciclar o lixo, plantar uma árvore, apagar as luzes quando possível, economizar água, consumir menos e reaproveitar mais. Que diferença você vai fazer para o mundo hoje?


Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.


 

    Você viu?

    Ir para o topo