Um levantamento realizado pela emissora EPTV registrou um aumento de até 54% nos pedidos de adoção de animais recebidos por ONGs de Campinas, no interior de São Paulo, durante o isolamento social imposto pelo coronavírus.
A funcionária pública Maria Imaculada dos Santos foi uma das pessoas que engrossou a estatística da adoção durante a quarentena. Ela levou para casa o cachorro Bob, retirado de um lixão por uma entidade.
“É uma companhia, eu brinco com ele. Foi ótimo para mim”, disse ao G1.
Uma das entidades da cidade, que costuma doar 37 animais por mês, encontrou novos lares para 57 no primeiro mês da pandemia. “As pessoas estão ficando mais em casa. As que estavam pensando em adotar, acho que agora têm um tempo para fazer uma adaptação, estar junto do animal neste começo”, explicou a fundadora e presidente da ONG, Ana Carolina Pimenta.
No entanto, para adotar um animal, é preciso atender a determinados requisitos, como ter condição financeira para arcar com os custos da alimentação e das vacinas, além de disponibilidade para cuidar do animal.
“A pessoa precisa estar preparada tanto com a questão de custo, quanto emocionalmente. Disponibilizar seu tempo e amor ao bichinho”, ressaltou Ana Carolina.
A família do engenheiro de sistemas Gustavo Mendes também optou pela adoção. Com isso, uma cadela de dois meses passou a ter um lar para viver, e já se tornou o xodó da casa.
“Muda um pouquinho o clima. Trouxe um pouco de vida, alegria para casa, esperança nesse momento difícil que passamos”, destacou o engenheiro.