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Cadelinha tem rosto desfigurado após ser baleada e torturada

1 de março de 2020
3 min. de leitura
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A cadelinha Millie teve um terrível início de vida. Ainda bebê, foi alvejada diversas vezes do rosto e espancada nas ruas de Moscou, na Rússia. Ela foi encontrada agonizando e à beira da morte. Seu rosto estava completamente desfigurado, seu focinho não existia mais e sua língua estava praticamente solta. Todos os seus ferimentos estavam podres e seus salvadores só conseguiam se perguntar que tipo de monstruosidade poderia ter ocorrido à pequena bebê.

Ela foi acolhida pelo abrigo Vyberimenya, na capital russa, e foi submetida a uma série de cirurgias para ter seu rosto parcialmente reconstruído. Ela não é mais capaz de farejar e usa um tubo para conseguir respirar. Um de seus olhos também precisou ser removido. Radiografias mostraram que havia cerca de 200 estilhaços apenas na cabeça de Millie. Suspeita-se que ela tenha sido explorada como alvo para práticas de tiros e depois descartada.

Além dos tiros, a cadelinha também apresentava sinais de maus-tratos e agressões. Quem a abandonou certamente queria se certificar que ela morreria, mas este pesadelo foi o começo de uma nova vida para a cadelinha sem raça definida. A história de Millie rapidamente viralizou no Instagram e tocou o coração da escocesa Kasey Carlin, de 25 anos, que mora na cidade de Brighton, na Inglaterra.

Carlin ficou tão comovida que usava o Google Translate para se comunicar com a equipe do abrigo Vyberimenya para ter notícias de Millie, até que decidiu que comunicação à distância não era suficiente, ela queria ter a cachorrinha em seus braços e poder oferecer todo o amor que ela merecia e que lhe fora negado já no início de sua vida. Assim, com a ajuda da organização Wild At Heart Foundation, Carlin começou um crowdfunding para ter recursos para transportar Millie da Russia até a Inglaterra.

Deu certo! Há cerca de um mês, a cadelinha chegou ao seu novo lar e precisou passar por mais procedimentos cirúrgicos para ter melhor qualidade de vida. Ela tem se adaptado muito bem e vive na companhia de mais três amigos adotados que também são especiais: Mishka, Maggie e Bella. Com certeza a cadelinha nunca imaginou que precisaria viajar para tão longe para ter uma verdadeira e adorável família e ser amada.

Carlin conta que dar uma chance para um animal especial é conhecer o mais puro amor. “Eu amo todos os meus animais da mesma forma e para mim são apenas cães normais, nenhum deles sofre. Eles comem, bebem e brincam como qualquer outro cachorro. Eles são super felizes e trazem felicidade a todos também. Considerando tudo o que passaram, o espírito deles constantemente me domina. Eles têm muito amor para dar e só querem estar perto de pessoas que as tornam felizes. Eles são perfeitos”, concluiu.


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