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Comerciantes asiáticos oferecem falsos remédios com chifres de rinocerontes para cura do Covid-19

20 de março de 2020
2 min. de leitura
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Vendidos como “bolas medicinais”, os produtos possuem ingredientes minerais, vegetais e animais

Chineses vendem falso remédio contra coronavírus à base de chifres de rinocerontes. Foto Pexels/Pixabay

Depois que o coronavírus começou a se espalhar, o governo chinês fechou o mercado de Wuhan que vendia animais vivos mantidos em gaiolas e onde se supõe ser o marco zero da pandemia. No entanto, segundo reportagem do The Independent, outros mercados no país continuaram a vender animais para alimentação, incluindo morcegos, cobras, ratos, cães, gatos, faisões e tartarugas.

Esses comerciantes ilegais da China e também do Laos, ainda viram no surto do covid-19 uma chance de ganhar mais dinheiro e começaram a oferecer remédios à base de chifres de rinoceronte e partes de outros animais selvagens (alguns em extinção) com a falsa promessa de que curariam a doença.

O produto com chifres de rinoceronte, popularmente conhecido como “angong niuhuang wan” tem sido vendido até mesmo no WeChat, um aplicativo de mensagens e mídia social, de acordo com a Environmental Investigation Agency (EIA), sediada no Reino Unido.

Os rinocerontes estão criticamente ameaçados após declínios constantes na população global desde o início do século XX. Centenas são mortos a cada ano principalmente para atender os mercados asiáticos.  O chifre de rinoceronte por vezes é substituído pelo chifre de búfalo na formulação do “angong niuhuang wan”.

Vendido como “bolas medicinais”, consiste em ingredientes minerais, vegetais e animais com a promessa de que reduzem a febre. A investigação descobriu que um vendedor da China tem uma longa história de uso do WeChat para vender peças de tigres, elefantes, ursos, rinocerontes e outros animais selvagens.

Os investigadores disseram que as descobertas destacam “a necessidade urgente de uma aplicação efetiva contra o comércio ilegal de animais silvestres e de recursos para reduzir a demanda por animais selvagens ameaçados pelo comércio de medicamentos tradicionais”. A China proibiu temporariamente o comércio de animais silvestres, mas os conservacionistas pediram que a proibição se tornasse permanente.

Os consumidores chineses usam um grande número de peças e produtos de rinocerontes, grandes felinos, pangolins, leopardos e outras espécies em medicamentos tradicionais, conforme relata a reportagem.

No ano passado, pelo menos 107 garrafas de vinho de osso de tigre foram apreendidas por funcionários da fronteira China-Coréia do Norte, encontradas na bagagem de turistas chineses.

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