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Morre cão idoso de Hong Kong que acusou negativo para o COVID-19

18 de março de 2020
3 min. de leitura
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O cãozinho de 17 anos ficou em quarentena porque sua tutora portava o Covid-19, mas os exames provaram que ele não tinha o vírus e deve ter morrido devido ao estresse de ficar afastado da família

Paciente com coronavírus e seu cão submetido a exames que deram negativo. Foto Facebook South China Morning Post/R7

Um cachorro de 17 anos de Hong Kong, cujas suspeitas iniciais de contaminação por coronavírus provaram-se infundadas, morreu dois dias após ter sido liberado da quarentena, segundo comunicado das autoridades locais nesta quarta-feira (18 de março). Veterinários do centro financeiro asiático dizem que a morte do cão deve ter sido por causa do estresse e da ansiedade de ficar em quarentena e longe da família.

O cachorro pertencia a uma paciente portadora do COVID-19, mas teve resultado negativo para o vírus na semana passada (embora os testes iniciais terem mostrando algum vestígio superficial) – afirmou o Departamento de Pesca e Conservação da Agricultura (AFCD) da cidade de Hong Kong, aliviando os temores sobre a possibilidade de transmissão humano-animal.

O cachorro voltou para casa no sábado e faleceu cerca de 48 horas depois, mas sua tutora não permitiu uma autópsia para examinar a causa da morte. O cão havia testado “positivo fraco” desde o final de fevereiro, com baixos níveis do vírus encontrado em suas cavidades nasais e orais. Novos testes foram então solicitados para confirmar se havia sido infectado ou se as amostras eram devido a contaminação ambiental, já que o cão naturalmente tem contato físico com seu tutor. Testes mais complexos confirmaram que o cãozinho estava livre da doença.

Aliás, veterinários do mundo todo têm insistido em dizer que cães e gatos só adquirem coronavírus em suas versões canina e felina, que não são transmissíveis aos humanos. Veja quadro:

Especialistas em saúde animal que examinam o caso de Hong Kong disseram que os tutores não devem se preocupar demais e não devem abandonar seus animais como, aliás, tem ocorrido de forma brutal em muitas cidades da China onde cães e gatos estão até mesmo sendo sumariamente mortos em locais públicos. Hong Kong tem cerca de 167 casos confirmados de coronavírus com quatro mortes até agora.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já informou que não há evidências de que cachorros e gatos possam ser infectados pelo novo coronavírus ou transmitir a doença aos humanos. Mas as pessoas infectadas precisam ter cuidado para não contaminarem de forma superficial seus animais de estimação usando, por exemplo, álcool em gel antes de tocá-los, pois, embora eles não contraiam e nem passem a doença, podem ter o pelo contaminado do mesmo jeito que um corrimão de escada. Veja mais informações AQUI


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