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Empresa é condenada a pagar multa de R$ 20 mil por morte da cadelinha Amora

11 de março de 2020
3 min. de leitura
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Funcionário da empresa B&B Engenharia, em Foz do Iguaçu, agrediu a cachorra com objeto de metal

Amora, de apenas 20 cm de altura, foi agredida com objeto de metal. Foto Thandara Santos

A pequena Amora, uma cachorrinha com apenas 20 cm de altura, foi brutalmente agredida por um funcionário da empresa B&B Engenharia que alegou ter sido atacado por ela. Ela morreu em janeiro e a sentença da empresa saiu no dia 9 de fevereiro: uma multa de R$ 20 mil.

O juiz Rogerio de Vidal Cunha, 4ª Vara Cível de Foz do Iguaçu, no Paraná, entendeu que Amora poderia ter sido afastada pelo funcionário de outra forma, sem violência, até mesmo com um grito.

“A Amora foi socorrida, mas não voltou a andar e nem podia mais se alimentar sozinha. Ficou muito debilitada e não resistiu depois de passar cerca de duas semanas em casa”, contou a tutora Thandara Luana dos Santos ao G1.

Depois de duas semanas de sofrimento, Amora morreu em janeiro. Foto Thandara Santos

Segundo ela, o funcionário prestava serviço em sua casa para checar o medidor de água e usou um objeto de metal para bater na cadelinha que veio a falecer por causa dos ferimentos: “Tive que reviver um momento que resumo bastante aqui, mas foi de muito terror e estresse com toda a maldade e violência com que a Amorinha foi tratada. Ela era muito amada e tratada sempre como um membro da família, com todo o carinho”.

De acordo com a sentença, o juiz afirmou que os animais domésticos fazem parte da vida afetiva das pessoas e, dessa forma, definiu a indenização porque entende que a morte do animal causa sofrimento moral e psicológico à tutora de Amora.

Thandara disse que apesar da empresa poder recorrer, ela acredita que o resultado da indenização é uma forma de ver que a Justiça reconhece a importância de um animal acolhido por uma família.

“Espero que o caso possa servir de inspiração para que outras pessoas que, infelizmente, venham a passar por essa situação, tenham coragem de denunciar. Que não deixem que as pessoas que cometam esses crimes contra os animais fiquem punição e que as empresas qualifiquem, e instruam adequadamente seus funcionários, antes que sejam mandados para um trabalho nas ruas”.

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