O premiado fotógrafo australiano de vida selvagem, Doug Gimesy, reuniu num ensaio animais que podem, brevemente, ser conhecidos apenas por meio de fotografia
O esforço de Doug Gimesy em registrar inúmeros animais australianos que quase já não são mais vistos, tem como objetivo alertar a sociedade sobre o risco de extinção que diversas espécies enfrentam.
“Doug dedicou sua carreira à proteção e conservação de algumas das espécies mais vulneráveis da Austrália. Ele chega bem perto de animais nativos para revelá-los com detalhes perfeitos. Todas as espécies fotografadas sofreram grandes perdas, especialmente depois de grandes secas, incêndios e inundações que assolaram a Austrália nos últimos tempos”, diz a reportagem do portal The Guardian que publicou o ensaio recentemente.
Uma das fotos que ganhou destaque foi de um ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) resgatado e depois liberado em um tronco no rio Little Yarra, no estado de Victoria. Os ornitorrincos, que possuem bico, pelos e botam ovos ao mesmo tempo em que são mamíferos, só existem na Austrália.
Um potoroo de nariz comprido (Potidous tridactylus) comendo fungos é outra imagem importante porque a espécie está “quase ameaçada” de extinção. A maneira como eles usam suas garras longas e ligeiramente curvas para desenterrar alimentos ajuda a espalhar esporos de fungos que são benéficos para a saúde de árvores e arbustos em todo o ecossistema. A destruição de habitats por causa da exploração madeireira e expansão urban), incêndios florestais e secas levam a uma redução nas fontes de alimentos.
O Dragão da Floresta de Boyd (Hypsilurus boydii) é um animal que ainda pode ser encontrado na natureza, mas a mudança climática e a destruição de habitat podem alterar essa situação em pouco tempo, segundo especialistas.
Pequenos pinguins azuis (Eudyptula minor), a menor espécie de pinguim do mundo, foram fotografados por Doug nas rochas do quebra-mar de St Kilda, em Melbourne. Todas as noites após o pôr do sol, os adultos retornam para suas tocas. Segundo o The Guardian, eles são ameaçados pelos plásticos e poluição que flui para a baía de Port Phillip.
Doug captou também um dingo macho (Canis lupus dingo), chamado Snapple, aguardando o café da manhã antes do nascer do sol no Santuário de Dingos no Centro de Pesquisa em Victoria. Esse centro visa preservar e conservar o dingo australiano, educar o público sobre seu papel benéfico nos ecossistemas selvagens e, eventualmente, reintroduzi-lo em habitats seguros aprovados. Eles estão em situação vulnerável devido à destruição do habitat, caça, envenenamento e consanguinidade com cães domésticos.
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