A ONG norte-americana PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) anunciou ontem (05) que encerrou a campanha I’d Rather Go Naked Than Wear Fur (Eu prefiro ficar nua a vestir peles, em tradução livre) que desde 1990 despe modelos e celebridades para conscientizar a população mundial sobre a exploração de animais para a indústria de peles.

A organização informou que acredita que a campanha foi bem sucedida e já alcançou o seu objetivo. Uma prova disso seria o anúncio de grandes grifes como a Gucci, Prada e Armani decidirem abolir o uso de peles de animais em suas criações. A PETA acredita ainda que uma geração muito mais consciente e aberta a estilos de vida mais compassivos liderará a forma como os seres humanos enxergam os animais.

Dan Mathews, vice-presidente da PETA e criador da campanha, afirma que os avanços são históricos. “Quase todos os principais estilistas não usam mais peles, a Califórnia proibiu seu uso, a rainha Elizabeth II a renunciou, a Macy’s está fechando seus salões de peles e agora a maior casa de leilões de peles da América do Norte entrou com pedido de falência”, disse.

O ativista disse ainda que após 30 anos de campanha, a organização pretende reunir reforços para outras áreas que também merecem atenção. “Se concentrar em outras áreas nas quais os animais ainda precisam de muita ajuda, inclusive nos comércios de couro, lã e peles exóticas”, reforça Dan, que também revelou que há um ensaio inédito que ainda não foi divulgado.

O fim de I’d Rather Go Naked Than Wear Fur é um marco histórico para a defesa dos direitos animais. Celebridades como Pamela Anderson, Oprah Winfrey, Kim Basinger e Alicia Silverstone ajudaram a suscitar debates sobre o abuso de animais para atender interesses humanos. A PETA recebeu elogios também por, de certa forma, entender que a objetificação do corpo feminino precisa ser dissociada da luta pela proteção animal.

Parabéns, PETA.

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