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Direitos animais viram estratégia de candidatos nos EUA

6 de fevereiro de 2020
3 min. de leitura
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Donald Trump é o que mais promove questões de direitos animais no Facebook


Donald Trump

Com a proximidade das eleições dos Estados Unidos da América (EUA) muitos candidatos para 2020 estão compartilhando imagens de animais domésticos e, também, de temas relacionados ao fim da crueldade animal em seus perfis na internet. Este é o caso do presidente Donald Trump e do ex-prefeito de Nova Iorque, Mike Bloomberg. A explicação direta encontrada por pesquisadores é de que o cérebro humano responde com atenção exclusiva à visão dos animais, por isso tantas marcas produzem conteúdo publicitário com eles.

O mesmo método está sendo utilizado pelos candidatos americanos. Donald Trump é o que mais promove questões de direitos animais no Facebook, somando 450 publicações diferentes. A maioria das publicações do atual presidente dos EUA elogia a sua própria decisão, tomada em novembro, de assinar um projeto de lei bipartidário que torna atos de crueldade animal um crime federal. Segundo o arquivo de anúncios do Facebook, a campanha pagou para circular esses anúncios mais de 2 mil vezes.

Já Mike Bloomberg divulgou pelo menos nove campanhas publicitárias diferentes promovendo seu “registro de bem-estar animal”, com imagens fofas de cães e gatos. Bloomberg comprou mais anúncios no Facebook do que qualquer outro político ou empresa em 2019, gastando 23,7 milhões de dólares em doze meses, de acordo com o arquivo de anúncios da plataforma Facebook. Os anúncios apresentam filhotes de gatinhos de olhos arregalados com uma mensagem em negrito: “Mike salva animais”.

Trump e Bloomberg também promovem petições no Facebook que pedem o fim da crueldade contra animais. Quando os eleitores assinam o documento, eles fornecem seu nome e informações de contato para as campanhas. A circulação de petições é uma técnica comum de captação de recursos, atraindo pessoas para os sites das campanhas e adquirindo as informações de contato dos signatários. Segundo relatório do The Guardian, quase 10% dos anúncios de Trump no Facebook incluem uma chamada para assinar a petição.

Elizabeth Warren

A senadora Elizabeth Warren, apesar de não divulgar conteúdo desse tipo em seu perfil na plataforma, publicou imagens de seu cachorro Bailey. A campanha de Warren fez de Bailey uma espécie de substituto, enviando-o para Iowa para fazer campanha pela senadora. Foram mais de 100 conteúdos no Facebook com animal, de acordo com o arquivo de anúncios. Outros candidatos não pagaram pelos anúncios do Facebook sobre direitos animais, mas compartilharam publicações orgânicas sobre o assunto, como o prefeito de South Bend, Indiana, Pete Buttigieg. Ele compartilhou uma história de adoção de um cachorro, juntamente com uma chamada para “#ClearTheShelters” (limpar os abrigos).


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