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Tartaruga defeca plástico durante semanas após resgate na Argentina

30 de janeiro de 2020
2 min. de leitura
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Treze gramas de lixo, entre fragmentos de nylon, fios e plástico duros, foram expelidos pela tartaruga


Uma tartaruga-verde resgatada na Argentina passou a defecar plástico durante semanas. O animal, salvo por Roberto Ubieta, de San Clemente del Tuyú, foi encaminhado para a Fundacíon Mundo Marino.

(Foto: Fundación Mundo Marino)

Desde que foi resgatada, em 29 de dezembro, a tartaruga tem produzido fezes com plástico. Nos excrementos do animal foram encontrados fragmentos de nylon, fios e plástico duros. Até o dia 24 de janeiro, 13 gramas de plástico foram expelidos, e não se descarta a possibilidade de mais lixo aparecer nas fezes nos próximos dias. As informações são da revista Galileu e da Fundação Mundo Marino.

“Através de chapas de raio-X, pudemos ver corpos estranhos dentro [do animal]”, explicou Ignacio Peña, veterinário da Fundação Mundo Marino. “Portanto, iniciamos o tratamento com um medicamento que favorece seus movimentos peristálticos [movimentos do trato digestivo] e permite eliminar o que observamos nos exames”, completou.

De acordo com a Fundacíon Mundo Marino, o caso não é isolado. Em janeiro de 2019, outra tartaruga foi encontrada morta por Roberto Ubieta e na autópsia foram encontrados diferentes tipos de plástico no sistema digestivo do animal. Cinco dias depois, mais uma tartaruga foi resgatada e expeliu fragmentos de sacolas de nylon.

(Foto: Fundación Mundo Marino)

As tartarugas-verdes estão ameaçadas de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza.

Estes animais consomem plástico ao confundi-los com medusas e fauna gelatinosa, que são seus alimentos. O lixo pode causar asfixia e enfraquecer o animal gradualmente.

“Além disso, uma grande quantidade de gás pode ser gerada em seus organismos, por causa do plástico acumulado. O que afetaria sua capacidade de mergulhar, tanto para se alimentar quanto para encontrar temperaturas adequadas”, explicou a bióloga e gerente de conservação da Fundação Mundo Marino, Karina Álvarez.


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