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Líder em bactérias lácteas vê futuro em produtos veganos

20 de janeiro de 2020
3 min. de leitura
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“As alternativas à base de plantas precisam fazer parte de nossa estratégia” | Pixabay

De acordo com a Bloomberg, o maior fornecedor mundial de bactérias que transformam leite em queijo está ajustando a produção após reconhecer que o veganismo não é uma moda passageira.

A Chr. Hansen, com sede ao norte de Copenhague, se prepara para uma desaceleração no mercado de laticínios frescos já que mais recursos são investidos em produtos alternativos, como iogurte à base de amêndoas.

“As alternativas à base de plantas precisam fazer parte de nossa estratégia: você pode questionar o quanto vai crescer, mas não pode dizer que é uma moda passageira”, disse o CEO Mauricio Graber.

Os comentários dão uma pista sobre onde a revisão estratégica da Chr. Hansen vai aterrissar. Graber, um ex-executivo da Givaudan que comanda a empresa dinamarquesa desde meados de 2018, está elaborando um plano de crescimento que ele pretende apresentar aos investidores em abril.

Embora Graber diga que a Chr. Hansen não está atrasada na estratégia para o mercado vegano, ele também reconhece que a empresa “provavelmente poderia ter iniciado seus investimentos mais cedo”.

Além de alternativas bacterianas aos laticínios, Chr. A Hansen está desenvolvendo novas enzimas e leveduras para melhorar a cerveja e o vinho sem álcool, além de aditivos e cores naturais para hambúrgueres sem carne. Segundo Graber, a tecnologia atual já reduziu a produção de cerveja para uma questão de dias, em vez de semanas, sem perda de sabor.

Mercado de queijos vegetais segue em expansão
De acordo com uma pesquisa publicada em 2019 pela MarketResearch.biz, o mercado de queijos vegetais deve registrar crescimento sem precedentes nos próximos anos.

Entre os países que o relatório aponta como promissores em relação a esse mercado está o Brasil. “Espera-se que o mercado global de queijo vegano testemunhe um crescimento substancial, devido à crescente demanda da população vegana e da população intolerante à lactose”, informa o relatório.

A pesquisa aponta que até 2027 as empresas que estão investindo nesse mercado têm condições bastante favoráveis de crescimento, considerando o aumento da população que está optando por queijos sem ingredientes de origem animal por fatores diversos.

No entanto, um dos obstáculos desse mercado ainda é o custo de produção mais elevado do que do queijo convencional, o que exige soluções que começam na seleção da matéria-prima.

Por enquanto, em âmbito global, os queijos vegetais que estão em maior evidência e atraindo mais consumidores são baseados em soja, amêndoas, coco, castanha-de-caju, amendoim e avelãs.

O mercado hoje se divide principalmente em tipos de queijos como muçarela, parmesão, cheddar, cream cheese e ricota. A expectativa é de que em especial a muçarela vegetal registre crescimento mais significativo.

Isto porque há uma demanda crescente por alternativas de queijos vegetais na preparação de pizzas e hambúrgueres – o que deve ser alavancado por redes de fast food.

O relatório aponta também que supermercados, hipermercados, lojas especializadas e de conveniência estão abrindo espaço para esse tipo de produto. Há inclusive hipermercados que estão investindo na fabricação de queijos vegetais.

Outro relatório da Research and Markets prevê que esse mercado deve registrar taxa de crescimento anual composta de pelo menos 8% até 2023.


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