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Gatinha ajuda tutora a enfrentar tratamento médico

16 de janeiro de 2020
4 min. de leitura
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Quem tem gatos costuma afirmar que eles são um bálsamo para a alma e muitas vezes verdadeiros “enfermeiros”

Cíntia França e Pipoca Cat – uma dupla inseparável. Foto de arquivo pessoal

São muitos os relatos de pessoas que venceram doenças ou superaram intensos períodos de depressão apenas por contar com a companhia de gatos. Muitas vezes silenciosos, mas atentos aos seus tutores, os felinos conferem uma ajuda extra e às vezes até fundamental na recuperação de doenças, cirurgias ou crises emocionais.

Cíntia França, de São Paulo (Brasil), foi surpreendida em 2014 com um diagnóstico de câncer de mama. Ela ainda não tinha adotado a gatinha Pipoca Cat, mas um ano depois saberia o quanto a presença da felina em sua vida faria diferença.

“Nunca imaginei passar por essa situação porque não havia histórico da doença na família. Precisei retirar uma grande força de dentro de mim e com muita fé enfrentei cirurgia, quimioterapia e todo o processo que envolve o tratamento. No entanto, mulheres que passam por isso ficam frágeis, sensíveis e, por mais que tenhamos apoio familiar, as pessoas não conseguem dar carinho toda vez que estamos chateadas ou deprimidas”.

No início Cíntia foi resistente em adotar Pipoca, mas depois viu que a gatinha fez uma grande diferença em sua vida. Foto de arquivo pessoal

Em 2015 Luana, a filha de Cíntia, sugeriu que elas adotassem um gato. “Ela é filha única, sempre amou gatos e desde pequena pedia um gatinho. Mas eu nunca tinha tido um animalzinho na vida e achei que não me acostumaria. Sou muito asseada, organizada e a primeira coisa que pensei é que um gato faria muita bagunça e provocaria mau cheiro na casa”, conta.

Foi então que Pipoca Cat entrou para a família e, de fato, causando muita bagunça, mas uma “bagunça saudável” fazendo Cíntia mudar completamente de opinião.

“Luana estava na faculdade, meu marido trabalhava o dia todo e eu já estava parcialmente recuperada, mas ficava muito tempo sozinha e ociosa, sem ânimo para nada. Estava com o pensamento preso ao que eu já tinha passado e com medo da doença retornar”.

Nesse momento Cíntia teve a ideia de procurar pela internet um gato para adotar. “Eram muitas fotos de gatos, mas me encantei pela Pipoca que antes se chamava Begônia. Marquei com a protetora e fui com minha filha buscá-la. Passamos numa pet shop e compramos tudo o que poderia ser útil, como um enxoval para bebê”.

Pipoca Cat virou enfermeira de Cíntia ajudando a tutora a se recuperar. Foto de arquivo pessoal

Cíntia achou que a gatinha de apenas quatro meses se tornaria mais próxima de sua filha, mas Pipoca Cat tinha outro alvo e uma missão. “Ela se ligou em mim imediatamente. Estava sempre me seguindo, pedindo carinho, colo, atenção e, claro sachê”.

Só que Pipoca estava doente. Teve uma conjuntivite que quase a cegou de um olho e várias micoses pelo corpo. Com um bom tratamento e muito amor Pipoca se recuperou por completo e a situação se inverteu. Agora seria Pipoca a enfermeira obstinada de Cíntia.

“Até minhas lágrimas ela secou!”

“Em 2017 descobri metástase e mais uma vez passei mal. Só que, na ocasião, além do apoio familiar, tinha a Pipoca ao meu lado amassando pãozinho no meu colo, deitando do meu lado, lambendo meus braços e até minhas lágrimas ela secou. Ela me chamava para brincar de se esconder atrás da porta e isso me dava alegria e fazia esquecer dos problemas”.

“Ela me salvou e salva todos os dias”

Pipoca foi fundamental para Cíntia enfrentar mais uma fase do tratamento: “Digo com toda a certeza que ela me salvou e salva todos os dias com seu amor, sua meiguice e seu olhar. É como se ela dissesse ´olha estou aqui para cuidar de você`. É uma sintonia de almas. Deus permita muitos anos ao lado desse anjinho que ele enviou para me proteger e amar incondicionalmente”.

Fátima ChuEcco é jornalista ambientalista e atuante na causa animal


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