Uma prática ainda muito comum na indústria de ovos e pouco conhecida pela maioria da população é a trituração de pintinhos machos vivos, considerados indesejados tanto por uma condição biológica óbvia, que a impossibilidade de botar ovos, como também por não terem genética adequada para se tornarem rentáveis na indústria da carne, já que se desenvolvem lentamente.

Por isso, governo francês anunciou por meio oficiais que a trituração de pintinhos, normalmente mortos logo após o nascimento, deve ser banida até 2021, como parte de uma reforma nas suas leis de bem-estar animal.

O próprio governo reconheceu o absurdo da situação, segundo a BBC, ao estimar que a cada ano pelo menos sete bilhões de pintinhos machos são mortos no mundo todo por trituração ou asfixia em câmaras de gás.

Para impedir que os pintinhos tenham esse fim, a França se comprometeu a recorrer a uma tecnologia em que é possível identificar o sexo por meio de análise genética dos embriões ainda dentro do ovo.

No entanto, ativistas dos direitos animais, representados pela organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA) e pelo grupo L214, defendem que a reforma ainda é insuficiente porque “não resolve o problema do cruel abate de animais ou da criação intensiva de animais”.

A reforma foi anunciada na terça-feira (28) pelo ministro da Agricultura, Didier Guillaume. “A partir do final de 2021, nada será como era antes”, garantiu. O governo francês assumiu o compromisso de que no mesmo período será proibida a castração de suínos sem anestesia.

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