É o fim da exploração para King e Maximus, Marilyn e Maya, e o restante dos cavalos gentis que vivem em um antigo estábulo no bairro de Griffintown, em Montreal, no Canadá.
Em 31 de dezembro, eles ficaram presos a carruagens pela última vez, onde passaram suas vidas puxando os veículos pelas ruas de paralelepípedos da cidade.
Desde 1º de janeiro, a cidade proibiu visitas guiadas a cavalo, citando uma preocupação crescente com o bem-estar dos animais e uma série de incidentes graves envolvendo os cavalos que geraram uma onda de indignação, revolta e preocupação nos cidadãos.
Ativistas consideram uma vitória pelos direitos animais a libertação dos cavalos sofredores. Já para os carroceiros e motoristas de carruagens turísticas, acostumados a explorar, os animais a notícia não foi bem recebida.
Eles negam veementemente que os animais sejam maltratados, porém apenas o fato de viver escravizado, sendo explorado entre arreios, chicotes, cordas já é uma forma de maus-tratos intrínseca a atividade.
Mas para os defensores dos direitos animais, incluindo a atual administração municipal, felizmente as carruagens, conhecidas como caleches, pertencem definitivamente ao passado da cidade.
“Com as ondas de calor no verão, as mudanças climáticas, o frio extremo no inverno, a construção e o número de veículos na estrada, temos uma séria questão sobre a segurança dos animais”, o representante do conselho da cidade, Sterling Downey, disse.
Ele apontou para uma série de incidentes nos últimos anos, incluindo uma colisão entre um cavalo e um carro e um cavalo que foi ao chão depois de escorregar em uma grade de metal. Em 2018, um cavalo caiu e morreu no meio de uma visita guiada.
Downey insistiu que o governo fez todo o possível para facilitar a transição, inclusive com um aviso prévio de um ano inteiro. Eles trabalharam com o departamento de trabalho da província para ajudar os motoristas de caleche a encontrar outra ocupação e se ofereceram para pagar aos proprietários de carroças mil dólares por cavalo para aposentar os animais.
Explorados e vistos como inferiores por sua sociedade especista (doutrina que coloca o homem como superior a todas as demais espécies do planeta e por isso livre para dispor delas como bem entender), os animais padecem vítimas do egoísmo e ambição humana, privados de sua liberdade e até de seu direito à vida.
Cada pequena vitória é um tijolo na construção de um caminho rumo a uma sociedade mais justa, compassiva e ética. Para todas as formas de vida.
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