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Relatório revela que equipamento de pesca descartado é a pior ameaça plástica à vida marinha

12 de novembro de 2019
2 min. de leitura
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Foto: Adobe
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Equipamentos de pesca descartados, incluindo redes, armadilhas e linhas, compõem a maior parte da imensa poluição plástica dos oceanos, e causam uma ameaça perigosa, ampla e fatal à vida marinha, diz um novo relatório do Greenpeace.

Os dados relacionados ao “equipamento fantasma” (redes abandonadas no oceano) diz que mais de 640 mil toneladas são descartadas anualmente nas águas (o equivalente em peso de 55 mil ônibus de dois andares), representando cerca de 10% de todo o lixo plástico presente no ambiente marinho.

Agora, a ONG ambiental está pedindo uma ação internacional para responsabilizar a “indústria pesqueira sub-regulamentada” e impedir toda essa poluição por plásticos, em uma tentativa de salvar animais marinhos.

Proteção marinha

O Greenpeace diz que a maioria das redes fantasmas é resultado da pesca não regulamentada e não declarada – mas a pesca excessiva também faz parte do problema.

O Greenpeace está pedindo às Nações Unidas que concordem com um Tratado Global dos Oceanos até a primavera de 2020, levando à criação de uma rede mundial de áreas protegidas, cobrindo 30% do oceano do mundo até 2030.

“Responsabilizar a indústria”

“O equipamento fantasma é uma importante fonte de poluição oceânica por plásticos e afeta a vida marinha no Reino Unido e em qualquer outro lugar”, disse Louisa Casson, ativista dos oceanos do Greenpeace no Reino Unido.

“As águas do Reino Unido não existem no vácuo, uma vez que os oceanos não têm fronteiras. Os governos do mundo todo devem tomar medidas para proteger nossos oceanos globais e manter a indústria pesqueira sub-regulada responsável por seus resíduos perigosos e prejudiciais”.

“A ação deve começar com um forte acordo global sobre os oceanos sendo assinado nas Nações Unidas no próximo ano”.

“Ameaça à vida selvagem”

“Redes e linhas podem representar uma ameaça à vida selvagem por anos ou décadas, envolvendo desde pequenos peixes e crustáceos até tartarugas em perigo, aves marinhas e até baleias”, acrescentou o relatório.

“Ao se espalhar pelo oceano com a ajuda das marés e correntes, as redes de pesca perdidas e descartadas estão agora à deriva na costa do Ártico, perdidas em remotas ilhas do Pacífico, enredadas nos recifes de coral e espalhadas pelo fundo do mar”.

“A falta de regulamentação e o lento progresso político na criação de santuários oceânicos fora dos limites da pesca industrial permitem que esse problema exista e persista, aumentando cada vez mais”.

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