EnglishEspañolPortuguês

Indústria da carne é uma das maiores poluidoras do mundo

28 de novembro de 2019
2 min. de leitura
A-
A+
Criação de animais para consumo gera três bilhões de toneladas de resíduos poluentes por ano (Acervo: Global Research Canada)

De acordo com a organização de sustentabilidade Ceres, a indústria da carne, considerando toda a cadeia produtiva, responde por 1/3 do uso de água utilizada na produção de alimentos, além de promover o descarte de toneladas de resíduos poluentes de origem animal. A edição 2019 do relatório “Feeding Ourselves Thirsty”avaliou como as 40 maiores empresas de alimentos, que também respondem pelo maior uso de água, tem lidado com a questão do desperdício de água e poluição ambiental.

“As empresas de alimentos não estão apenas em risco devido à escassez de água, elas também são responsáveis ​​por isso. A agricultura está drenando rapidamente os aquíferos em muitas regiões do mundo e a produção de carne é um dos maiores poluidores das bacias hidrográficas do mundo”, informa o relatório assinado pela vice-presidente de inovação e avaliação da Ceres, Brooke Barton.

Lançado na segunda-feira (25), o documentário da BBC “Meat: A Threat to Our Planet?” ou “Carne: Uma Ameaça ao Nosso Planeta?” também aborda esse problema e destaca que no mundo todo a criação de animais para consumo gera três bilhões de toneladas de resíduos por ano, que acabam poluindo a terra, a água, destruindo a biodiversidade e ampliando as “zonas mortas” oceânicas, onde a vida marinha já é inexistente.

Um estudo publicado em 2018 pelo Institute for Agriculture and Trade Policy (IATP), Heinrich Boll Foundation e pela Grain, intitulado “The Meaty side of Climate Change”, revelou que só em 2016 a brasileira JBS, a Cargill e a Tyson Foods – as duas dos Estados Unidos, geraram mais gases do efeito estufa do que a França. As três entidades afirmam que apenas a JBS, Cargill e Tyson tiveram o mesmo impacto de todas as grandes companhias de petróleo.

Até hoje citado como referência, o documentário “Cowspiracy”, lançado em 2014 por Kip Andersen e Keegan Kuhn mostra que enquanto um vegano requer 0,6 hectare de terra por ano para se alimentar, um ovolactovegetariano precisa do triplo e uma pessoa com dieta onívora necessita de uma área 18 vezes maior que essa.

“Isto porque pode-se produzir 16 mil quilos de vegetais em 0,6 hectare e apenas 170 quilos de carne na mesma área. Uma dieta vegana também produz a metade de CO2 [dióxido de carbono] de uma dieta [tipicamente] onívora. E ainda gasta só 9% de combustíveis fósseis, 8% de água e 5% do solo”, frisa o filme.


Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.


 

Você viu?

Ir para o topo