EnglishEspañolPortuguês

Desperdício de comida chega a 20% na América Latina e Caribe

16 de outubro de 2019
3 min. de leitura
A-
A+
A América Latina e o Caribe são responsáveis por 16% da pegada de carbono global ocasionada pelas perdas e desperdícios de alimentos | Pixabay

A região da América Latina e do Caribe responde por 20% da quantidade total de alimentos perdidos da pós-colheita até o varejo, segundo o relatório “O estado mundial da alimentação e da agricultura 2019” (Sofa), da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Mesmo com a região abrigando apenas 9% da população mundial, um quinto de todos os alimentos perdidos em todo o mundo desde a pós-colheita até o varejo é produzido na América Latina e no Caribe.

O relatório observa que, em todo o mundo, as causas de perda e desperdício de alimentos diferem amplamente ao longo de toda a cadeia de abastecimento de alimentos. As principais causas de perdas nas propriedades rurais incluem a colheita no momento errado, as más condições climáticas, as práticas incorretas de colheita e de manejo e os desafios na comercialização de produtos.

As condições inadequadas de armazenamento, bem como decisões inadequadas tomadas nos estágios iniciais da cadeia de abastecimento, geram perdas significativas e um prazo de validade mais curto para alguns produtos. Por outro lado, o armazenamento a frio adequado pode ser crucial para evitar perdas quantitativas e qualitativas de alimentos.

Durante o transporte, uma boa infraestrutura física e logística comercial eficiente são essenciais para evitar a perda de alimentos. O processamento e a embalagem podem desempenhar um papel importante na preservação de alimentos, enquanto que as perdas podem ser causadas por instalações inadequadas, falhas no funcionamento técnico ou até mesmo erro humano.

Segundo o Sofa, as perdas e desperdícios de alimentos têm três tipos de pegadas ambientais quantificáveis: de carbono, de terra e de água. A pegada de carbono dos alimentos é a quantidade total de gases de efeito estufa emitida ao longo do ciclo de vida dos alimentos, expressada em dióxido de carbono (CO2) equivalente.

A América Latina e o Caribe são responsáveis por 16% da pegada de carbono global ocasionada pelas perdas e desperdícios de alimentos. A pegada da terra é a superfície de terra necessária para produzir os alimentos. A região é responsável por 9% da pegada terrestre do mundo devido à perda e desperdício de alimentos.

Em termos de pegada hídrica — a medida de toda a água doce usada para produzir e fornecer alimentos ao consumidor final — a região responde por 5% em nível mundial.

Todos esses impactos consideram os efeitos ambientais da perda e desperdício de alimentos da pós-colheita ao varejo, incluindo esta última etapa, diferentemente dos números apresentados anteriormente.

No Brasil, a rede nacional de bancos de alimentos, Mesa Brasil SESC, entregou, em 2017, alimentos a mais de 1,4 milhão de brasileiros por meio de parcerias público-privadas em mais de 500 municípios, com alimentos que acabariam no lixo.


Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.


 

Você viu?

Ir para o topo