Por Rafaela Damasceno
Um resumo oficial do último relatório climático da ONU foi divulgado recentemente, visando informar as próximas negociações sobre o clima e aconselhar sobre a crise climática global.
O resumo diz que, até 2050, mudar a alimentação global para uma dieta baseada em vegetais pode libertar milhões de quilômetros quadrados de terra e reduzir as emissões de gás carbônico na atmosfera em oito bilhões de toneladas por ano.
O relatório também pede uma revisão na forma que os recursos naturais da Terra são utilizados, além de recomendar um aumento na alimentação baseada em vegetais.
O estudo ainda destaca os efeitos devastadores do desmatamento, afirmando que a Amazônia pode se tornar uma área de desertos, capaz de liberar 50 bilhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Grande parte do desmatamento é causado para liberar terras para a pecuária.
“Precisamos de uma transformação radical, rumo a um sistema global do uso de terra e alimentação que atenda nossas necessidades climáticas”, afirmou Ruth Richardson, diretora da Aliança Global pelo Futuro da Alimentação.
O relatório garante que as dietas baseadas em vegetais possuem grandes oportunidades de adaptação, além de gerar benefícios para o meio ambiente e a saúde humana.
“Seria benéfico, para as pessoas e para o clima, se os países consumissem menos carne”, concluiu o ecologista Hans-Otto Pörtner.