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Deputado questiona Ministério da Agricultura sobre aprovação de agrotóxicos que exterminam abelhas

12 de agosto de 2019
2 min. de leitura
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Por David Arioch

“O sulfoxaflor está presente em seis dos sete agrotóxicos novos aprovados para registro pelo Mapa em julho” | Pixabay

No último dia 7, o deputado federal Jesus Sérgio (PDT-AC), enviou um requerimento ao Ministério da Agricultura pedindo esclarecimentos sobre a aprovação e registro de novos agrotóxicos que favorecem o extermínio de abelhas.

A iniciativa veio após publicação no Diário Oficial da União de 22 de julho de que mais 51 agrotóxicos foram aprovados para uso em todo o Brasil. Do total, 44 genéricos e com princípios ativos já autorizados e sete novos – um herbicida e seis inseticidas. Estes contêm o ingrediente ativo sulfoxaflor, utilizado no controle de mosca-branca, pulgão e psilídeo.

No entanto, o sulfoxaflor é apontado como responsável pelo extermínio de até 54% da população global de abelhas, segundo estudo da Universidade de Londres. “32% dos produtos que tiveram registro aprovados pelo Ministério da Agricultura este ano e que estão sendo usados nas lavouras em todo o país, são proibidos nos países da União Europeia. E 18 desses produtos são considerados altamente tóxicos”, enfatiza o deputado.

De acordo com Jesus Sérgio, insetos importantes para o ecossistema e até mesmo para a agricultura – já que naturalmente realizam a polinização das plantas – como as abelhas, mamangavas e outros besouros estão sendo mortos pelo uso excessivo de agrotóxicos.

“No primeiro trimestre deste ano de 2019, o sulfoxaflor, aprovado para comercialização no Brasil, causou a morte de 500 milhões de abelhas em quatro estados brasileiros quando estava em fase de testes. O sulfoxaflor está presente em seis dos sete agrotóxicos novos aprovados para registro pelo Mapa em julho”, reforça.

E acrescenta: “Os números mostram que o Ministério da Agricultura vem aprovando registros de agrotóxicos num ritmo acelerado esse ano, maior que em muitos anos anteriores [foram 290 registros em 2019]. Vidas humanas, de animais e insetos importantes para o equilíbrio do meio ambiente e até da produção agrícola, é o preço que o Brasil está pagando para aumentar o lucro dos grandes produtores rurais.”


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