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Demanda por proteína à base de vegetais eleva produção de ervilhas em 20%

12 de julho de 2019
2 min. de leitura
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Por David Arioch

Embora a verde e a amarela sejam mais conhecidas e consumidas entre as ervilhas disponíveis para consumo, há mais de 200 variedades que podem ser cultivadas (Foto: Shutterstock)

De acordo com a Bloomberg, a demanda por proteína à base de vegetais já elevou a produção de ervilhas em 20% nos Estados Unidos e Canadá, e essa deve ser uma tendência mundial. A justificativa é que a ervilha é um dos ingredientes principais na elaboração de alternativas à carne.

As empresas de maior visibilidade hoje do segmento têm apostado principalmente na proteína isolada de ervilha, que é considerada um produto versátil, que se adapta bem aos mais diferentes tipos de alimentos.

Como consequência, isso tem alavancado o mercado de produção de ervilhas e apresentado boa oportunidade para agricultores que investem em leguminosas ou que pretendem investir.

Comparando o impacto da produção de carne bovina com a proteína baseada em vegetais, um estudo liderado pelo pesquisador Joseph Poore, da Universidade de Oxford, aponta que mesmo a carne orgânica ou considerada sustentável pode requerer 36 vezes mais terra e gerar seis vezes mais emissões de gases do efeito estufa do que a produção de leguminosas como a ervilha.

Uma pesquisa global de mercado da Persistence Market Research destaca que a previsão é de que somente o mercado de proteína de ervilha orgânica registre uma taxa de crescimento anual composta de 7,2% até 2027.

Além disso, com tantas opções e fórmulas aperfeiçoadas chegando ao mercado, a proteína de ervilha, que até 2018 tinha um valor global de mercado de pouco mais de 32 milhões de dólares, deve valer mais de 176 milhões de dólares até 2025, segundo projeção da Allied Market Research.

No Brasil, mesmo com grande potencial, a produção de ervilhas ainda é pouco difundida, embora seu manejo seja considerado por quem está investindo na cultura como mais fácil do que o do feijão – dependendo da variedade – já que a ervilha registra menor incidência de doenças e pragas.

Segundo o pesquisador Warley Nascimento, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a vantagem da ervilha é que a leguminosa melhora a qualidade do solo ao retirar nitrogênio do ar, por meio de bactérias, em um fenômeno identificado como simbiose.

Embora a verde e a amarela sejam mais conhecidas e consumidas entre as ervilhas disponíveis para consumo, há mais de 200 variedades que podem ser cultivadas.


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