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Burros são chicoteados, espancados e forçados a carregar turistas

15 de julho de 2019
4 min. de leitura
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Foto: PETA UK
Foto: PETA UK

Imagens fortes divulgadas recentemente mostram burros na ilha grega de Santorini sendo chicoteados enquanto transportam turistas pelos mais de 500 degraus ladeira acima.

Um clipe divulgado pela ONG PETA mostra burros e mulas sendo usados como táxis para transportar turistas de férias pelos paralelepípedos irregulares da ilha.

Um vídeo mostra os animais sendo maltratados enquanto moscas rastejam sobre feridas abertas causadas por selas e surras. Um condutor é flagrado batendo em um dos animais indefesos com uma vara ou chicote e puxando violentamente suas rédeas que prendem sua boca.

O grupo de defesa dos direitos animais acusa os oficiais de “violarem claramente” as leis gregas de bem-estar animal, “negando água aos animais ou um lugar para esfriar”.

A PETA também afirmou que oficiais da ilha estão bloqueando suas campanhas para colocar placas em ônibus e táxis com a frase “Burros sofrem por culpa de turistas. Por favor, não os monte”.

Os burros, que são decorados com adereços de cores vivas e sinos, carregam multidões de turistas por caminhos íngremes.

Foto: PETA UK
Foto: PETA UK

Muitos visitam a ilha vindo de navios de cruzeiro, pagam 5,37 libras para uma viagem do porto até a capital da ilha.

Os burros não são se mexerem e obedecerem, eles são chicoteados, como mostram as imagens.

Em abril, uma nova campanha foi lançada para conscientizar os turistas a pararem de montar nos burros, apesar de décadas de esforços e campanhas para impedir essa prática cruel completamente feitas grupos de defesa dos animais.

Os animais fazem quatro ou cinco viagens de ida e volta pelos 520 degraus largos de paralelepípedo no caminho lateral do penhasco que leva à cidade de Fira.

Foto: PETA UK
Foto: PETA UK

A situação dos jumentos, que são retirados dos campos ao amanhecer, em temperaturas regularmente superiores 30ºC, tem sido chamada de “o pequeno segredo sujo de Santorini”.

Nos últimos anos, tem havido um aumento de burros que sofrem lesões na coluna vertebral, feridas causadas pelas selas e exaustão. Muitos deles que acabam feridos demais para serem montados são abandonas para morrer, de acordo com PETA.

Quando um teleférico foi instalado na ilha, os burros eram usados com menos frequência pelos viajantes que subiam os degraus.

Foto: PETA UK
Foto: PETA UK

Mas à medida que o turismo na ilha aumentava, até 17 mil turistas tem chegado ao porto todos os dias vindos dos navios de cruzeiro, e a demanda pelos passeios de burro crescia mais e mais.

Os animais que sobem em filas de dois a dez burros de cada vez, descarregam os turistas em uma “estação de burros” logo antes do cume dos degraus e depois voltam para a próxima carga, muitas vezes esbarrando em pedestres ou espremendo-os em paredes que olham para quedas íngremes.

Foto: PETA UK
Foto: PETA UK

Santorini, que se estende por 30 milhas quadradas e tem uma população de 25 mil habitantes, cresceu em popularidade ao ponto em que o prefeito Nikolos Zorzos limitou o número de passageiros de cruzeiros que podem desembarcar na ilha a 8 mil por causa da superlotação. Em 2016 o número de turistas atingiu um pico de 18 mil pessoas por dia.

Foto: PETA UK
Foto: PETA UK

Mais de 108 mil pessoas assinaram uma petição online no ano passado, condenando o que foi descrito como uma “tortura desmedida e desnecessária” com os animais sendo explorados e obrigados e levar turistas nas costas para subir os degraus.

Foto: PETA UK
Foto: PETA UK

Houve ainda mais revolta quando foram postadas fotos nas redes sociais mostrando turistas com excesso de peso montando burros que subiam as escadas.

Em resposta, o governo grego introduziu uma legislação que torna ilegal os animais carregarem com “qualquer carga superior a 100 kg, ou um quinto do [seu] peso corporal”.

Foto: PETA UK
Foto: PETA UK

No entanto, o grupo ativista diz que os burros deveriam estar carregando no máximo metade disso.

“De acordo com recomendações veterinárias, os burros não devem carregar mais de 20% do seu peso corporal, aproximadamente 50kg”, explica o site da ONG.

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