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Zimbábue anuncia que venderá elefantes

27 de junho de 2019
3 min. de leitura
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Foto: Ray in Manila/Flickr
Foto: Ray in Manila/Flickr

O Zimbábue (África) planeja vender elefantes para Angola e está se preparado para transportar animais selvagens para qualquer outro país interessado nos animais, já que a nação do sul da África esta determinada a reduzir sua população de elefantes justificando a ação covarde pelo crescente conflito entre pessoas e animais selvagens.

Conflito esse gerado pela ocupação humana em habitats naturalmente ocupados pelos paquidermes há anos.

“Não temos um mercado predeterminado para as vendas de elefantes, estamos abertos a todos que querem nossa vida selvagem”, disse a ministra do Turismo, Prisca Mupfumira, em uma entrevista durante uma cúpula da vida selvagem em Victoria Falls.

“O principal problema são as minas terrestres em Angola, por isso estamos a tentar ajudá-las com um fundo para lidar com elas antes de enviarmos os animais.” Milhões de minas terrestres foram usadas na guerra civil de 27 anos que terminou em 2002 e muitas ainda a ser limpos.

Líderes dos quatro países da África Austral que abrigam mais da metade dos elefantes africanos do mundo se reuniram no Zimbábue na terça-feira última para discutir uma política de gestão comum e reiterar pedidos à Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) para relaxar algumas de suas regras, incluindo uma moratória sobre as vendas de marfim, segundo informações da Bloomberg.

Os quatro países – Zimbábue, Zâmbia, Namíbia e Botsuana – uniram forças no começo deste ano para pressionar a CITES antes de uma conferência global marcada para agosto. Eles afirmam que devem ser livres para decidir como lidar com sua vida selvagem, e a renda das vendas de estoques de marfim pode ser usada para conservação.

Botsuana diz que tem muitos elefantes, enquanto Mupfumira disse que o Zimbábue tem um “excesso” de 30 mil dos animais.

O presidente da Namíbia, Hage Geingob, e Edgar Lungu, da Zâmbia, disseram aos delegados na cúpula que os direitos das comunidades que vivem entre elefantes estão sendo negligenciados e que deve haver um “novo acordo” com a CITES que lhes permita se beneficiar da vida selvagem.

O presidente Mokgweetsi Masisi, de Botswana, que supervisionou o levantamento da proibição da caça em maio para permitir que os moradores atirassem em alguns elefantes caso destruíssem as plantações, fez comentários semelhantes.

O Zimbábue já vendeu vários elefantes africanos para a China nos últimos anos. A nação da África Ocidental da Gâmbia, que não tem paquidermes, também manifestou interesse, disse Mupfumira.

“Eles disseram vir e nos ensinar e nos enviar know-how técnico”, disse ela. “Devemos permitir a livre circulação e também devemos decidir – é nosso próprio recurso”.

Com afirmações que reduzem os animais a produtos para serem comercializados conforme a vontade humana, líderes das nações preseteadas com esses belos animais, posicionam-se no sentido de precificá-los e decidir sobre seus destino e bem-estar.

Ocupando seus habitats e pressionando-os a viver em espaços cada vez menores, esses animais seguem relega à vontade humana que na maioria das vezes visa apenas o lucro ao decidir sobre seus destinos.

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