A Associação Catarinense de Proteção aos Animais (Acapra) está tentando impedir a construção do maior aquário do sul do Brasil, em Balneário Camboriú (SC). Para isso, a entidade lançou um abaixo-assinado destinado ao Ibama e ao Instituto do Meio Ambiente (IMA).
A Acapra questiona o confinamento dos animais marinhos e afirma que eles serão privados da liberdade de maneira “arbitrária e cruel”.
Sócio do empreendimento, Maurício Bruns alegou, em entrevista ao portal NSC Total, que os trâmites para encaminhar os animais ao aquário estão de acordo com a legislação.
Bruns argumentou que, na natureza, os animais estão sujeitos à poluição e ao plástico, o que não acontece no aquário. Ele ignorou, no entanto, o fato de que a solução para a contaminação da água, que interfere na vida marinha, é diminuir a produção de lixo, especialmente de plástico, e estabelecer tratamento mais eficaz do lixo produzido, não forçar seres vivos a viver confinados eternamente, sendo tratados como objetos em exposição.
O sócio do aquário também alegou que os animais que serão mantidos em cativeiro são “de alimentação humana” e que no aquário “estão salvaguardados”. A exploração para consumo, no entanto, não pode ser usada como desculpa para submeter animais à exploração para entretenimento humano. O direito à vida e à liberdade dos animais devem ser considerados premissas a serem sempre respeitadas.