EnglishEspañolPortuguês

Hoje é Dia Internacional da Tartaruga Marinha, animal ameaçado pela poluição plástica

16 de junho de 2019
3 min. de leitura
A-
A+

Hoje (16), no Dia Internacional da Tartaruga Marinha é válido refletir sobre a realidade da espécie e de que forma estamos afetando esses animais. De acordo com informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), há uma estimativa de que entre 4 e 12 milhões de toneladas de plástico são despejados nos oceanos a cada ano.

Segundo o ICMBio, o lixo ingerido pode bloquear o sistema digestório e interferir no processo de flutuação da tartaruga (Fotos: Getty/Reuters/WAP/Sea Shepherd)

E o problema é que no mar o plástico vira uma armadilha para as tartarugas marinhas, sendo confundido com alimento ou aprisionando espécies, a exemplo de pedaços de redes de pesca que se enroscam em seus corpos podendo levá-las à morte.

Segundo o ICMBio, o lixo ingerido pode bloquear o sistema digestório e interferir no processo de flutuação das tartarugas, fazendo com que morram por inanição, já que provoca lesões no trato gastrointestional e libera toxinas em seus organismos.

Só em 2018, 280 tartarugas morreram por ingestão de lixo nos Lençóis Maranhenses, situados a 265 quilômetros da capital São Luís. É um número surpreendente, porque representa mais do que o triplo de 2015, quando morreram 80 tartarugas em decorrência do mesmo problema.

Na região, há um acúmulo de lixo proveniente de 19 países. E o agravante é que em contato com a água e a radiação do sol, materiais descartados como garrafas, tampas e outros objetos plásticos dão origem ao microplástico.

E o que dificulta ainda mais a situação é que esse material não é visto a olho nu, mas ainda assim pode incorporar agentes contaminantes como metais pesados, que se incorporam às células do animal.

As tartarugas ingerem o microplástico ao confundirem o material com alimentos e, como consequência, além da morte de muitos animais, isso interfere no comportamento reprodutivo das espécies.

A pesca fantasma é outro problema grave, já que redes, linhas e armações de pesca são equipamentos que se transformam em armadilhas para as tartarugas. Inclusive são responsáveis por ferir, mutilar e matar centenas de milhares de animais de diversas espécies a cada ano.

Por bem, no Brasil, o Projeto de Lei do Senado (PLS 263/2018), que prevê proibição do uso de canudos e sacolas plásticas, além de microplásticos em cosméticos, está caminhando para aprovação.

Embora não resolva completamente o problema, já significa grandes ganhos em um país que é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, com produção anual de 11,3 milhões de toneladas. Desse total, apenas 1,28% é reciclado. O plástico derivado do petróleo pode levar mais de 300 anos para se decompor contra o plástico biodegradável que requer 30 a 180 dias.

O descarte incorreto provoca a poluição do solo e da água, além da morte de animais por engasgamento ou enroscamento. Os microplásticos contidos nos cosméticos também demoram para se degradar e se acumulam nos rios e oceanos – gerando impacto no ciclo de vida e na cadeia alimentar dos animais.

Fonte: Vegazeta

Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. Doe agora.


 

Você viu?

Ir para o topo