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Startup dos EUA está desenvolvendo leite vegetal a partir da lentilha d’água

3 de junho de 2019
2 min. de leitura
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Por David Arioch

A partir da erva-de-pato, já surgiram alguns suplementos em pó no mercado, como o Lentein, da Parabel (Foto: Parabel/Divulgação)

A startup Parabel, dos Estados Unidos, está desenvolvendo leite vegetal a partir da lentilha d’água, também conhecida como erva-de-pato. Segundo a Parabel, a ideia de desenvolver o produto surgiu pelo rico potencial da matéria-prima, que contém níveis de aminoácidos essenciais e BCAAs comparáveis aos encontrados no whey protein.

A empresa já conseguiu autorização da agência federal Food and Drug Administration (FDA) para a produção, qualificando o produto como “seguro para consumo”. “Nosso leite de lentilha d’água é similar na cor ao leite de vaca e capta as extraordinárias proteínas e minerais de alta qualidade da erva-de-pato, e não contém alérgenos”, informou o vice-presidente de tecnologia da Parabel, Peter Sherlock, ao Food Navigator-USA.

Um estudo publicado no Food Chemistry Journal, intitulado “Nutritional value of duckweeds (lemnaceae) as human food” revelou que a lentilha d’água, da família lemnoideae, é uma fonte de proteínas de alta qualidade, com um perfil nutricional de aminoácidos que cumpre tranquilamente os requisitos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o pesquisador alemão Klaus J. Appenroth, enquanto a carne vermelha oferece de 25 a 30% de proteínas a cada 100 gramas, a erva-de-pato pode fornecer até 40%. Isso significa que a plantinha aquática, que em algumas partes do mundo é considerada uma praga, também pode ser uma aliada no combate à fome.

Em determinadas regiões da Ásia, a erva-de-pato é consumida há muito tempo. Na Europa também, mas até então era destinada somente aos animais – sem qualquer estudo em profundidade. Somente em 2011, a empresa Parabel decidiu pesquisar sobre a planta e chamou a atenção para o seu uso.

A partir da erva-de-pato, já surgiram alguns suplementos em pó no mercado, como o Lentein, da Parabel, que oferece 68 gramas de proteínas a cada 100 gramas. Segundo a empresa, a erva-de-pato é benéfica ao meio ambiente porque a sua produção não exige modificação genética ou uso de terras agrícolas – apenas uma fonte de água.


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