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Jacaré-açu passará a ser morto para consumo humano no Amazonas

28 de maio de 2019
2 min. de leitura
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Uma população de jacaré-açu, que vive no lago da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, no Amazonas, passará a ser explorada e morta para consumo humano. No local, vivem pelo menos cinco mil animais considerados em idade adequada para serem mortos, além das fêmeas e dos filhotes.

Jacarés no lago da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá (Foto: Marcelos Ismar Santana/Instituto Mamirauá)

Mais de cem pessoas estão envolvidas na contagem dos animais na comunidade São Raimundo do Jarauá. Os animais devem começar a ser mortos no final deste ano e a carne deles deve passar a ser comercializada em 2020. As informações são do portal Amazonas Atual.

De acordo com o pesquisador Robinson Botero-Arias, que coordena o projeto de manejo experimental de jacarés no Instituto Mamirauá, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), inicialmente até cem animais devem ser mortos.

“Cumprimos as etapas de contagem da população saudável e identificação dos locais onde jamais faremos extração de jacaré, como aqueles pontos onde os animais colocam ovos, para garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo”, explica Botero-Arias. Segundo ele, a carne provavelmente será vendida a R$ 15 o quilo para hotéis, supermercados e pousadas. A chamada Planta de Abate Remoto (Plantar) já foi instalada em São Raimundo do Jarauá.

Além da carne, o couro dos jacarés também será comercializado. A iniciativa partiu do Programa de Pesquisa em Conservação e Manejo de Jacaré, que visa gerar informações biológicas e ecológicas das quatro espécies de jacarés amazônicos: Melanosuchus niger (jacaré-açu), Caiman crocodilus (jacaretinga), Paleosuchus palpebrosus (jacaré-paguá) e Paleosuchus trigonatus (jacaré-coroa).

Nota da Redação: a ANDA lamenta que um programa que se denomina como responsável pela conservação de espécies decida matar animais sencientes, desrespeitando o direito deles à vida. A solução para o crescimento populacional de uma espécie não pode, nunca, passar pelo extermínio. É preciso que todos os seres vivos sejam respeitados e possam viver de forma digna, sem que sejam objetificados e tratados como alimento para a população.

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