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Galinhas lutam para andar, respirar e recorrem ao canibalismo em fazendas de criação

15 de maio de 2019
3 min. de leitura
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Imagens angustiantes divulgadas na segunda feira última, 13 de maio, mostram galinhas sofrendo maus-tratos, vivendo em condições desumanas, em ambientes super lotados e sujos, doentes e famintas, comendo umas as outras em fazendas de criação fornecedoras de grandes mercados.

Vídeos e fotos mostram as aves feridas e aflitas vivendo em condições precárias nos locais usados para criação em larga escala que ficam em Northamptonshire (Inglaterra), e que servem alguns dos principais supermercados do Reino Unido.

A filmagem foi divulgada pela ONG Animal Equality, que afirma que os trabalhadores podem ser vistos quebrando os pescoços das aves e deixando-as para morrer por vários minutos jogadas no chão.

O grupo também alega que as aves foram deixadas para morrer, agonizantes antes de serem bicadas e comidas por outras galinhas além de terem sido chutadas e pisadas por trabalhadores agrícolas da fazenda.

Imagens divulgadas pela ONG mostram as galinhas com as pernas abertas e batendo as asas em aflição.

As filmagens foram gravadas nas fazendas Evenley, Pimlico e Helmdon, em Northamptonshire, todas certificadas pela Red Tractor (selo de bem-estar animal) e administradas pela Avara Foods.

Investigadores dizem que encontraram sacolas cheias de galinhas mortas em uma das três fazendas durante visitas de janeiro a março, após uma denúncia.

A Animal Equity afirma que dezenas de pássaros desmoronaram sob o peso de seus “corpos anormalmente grandes” e não conseguiam nem ficar em pé, batendo as asas freneticamente em uma tentativa desesperada de se levantar.

Segundo a ONG, as aves mortas ficavam apodrecendo entre as vivas, levando as galinhas ao canibalismo em pelo menos uma das fazendas, enquanto os pássaros que já estavam morrendo eram jogados em uma pilha e deixados para sofrer por horas enquanto os funcionários limpavam o galpão para realizar mais mortes.

A ONG também disse que os trabalhadores estavam “violentamente quebrando os pescoços das aves e deixando-os a convulsionar em meio às demais”.

Pode-se ver pelo vídeo outras aves morrendo jogadas em uma pilha, deixados para sofrer por horas enquanto os trabalhadores limpavam o galpão.

O grupo também alega que funcionários estavam deliberadamente chutando e pisando em algumas galinhas repetidamente.

Um gerente de campanha pelo bem-estar animal da Woodhurst World Animal Protection disse: ‘Infelizmente, este material perturbador é típico das baixas práticas de bem-estar em muitas fazendas industriais onde galinhas são amontoadas e tratadas de maneira tão cruel que seus corações, pernas e pulmões mal conseguem aguentar a pressão.

“Algumas morrem antes de serem assassinadas pelos funcionários das fazendas devido a exaustão ou insuficiência cardíaca”.

“Ao adotar uma alimentação vegana e abrir mão da carne, as pessoas podem ajudar a terminar com o sofrimento desses animais”, disse o ativista.

Após a liberação no vídeo a Agência de Saúde Animal e Vegetal (APHA) do país realizou uma inspeção ao local sem aviso prévio. O órgão público relatou estar satisfeito com a saúde e o bem-estar das aves.

Enquanto a mentalidade especista de objetificação dos animais persistir, o sofrimento animal continuará. Galinhas são seres sencientes, extremamente inteligentes, capazes de realizar até operações matemáticas segundo cientistas, quem dirá compreender o que se assa ao seu redor.

Submetê-las a esse sofrimento é uma violência psicológica e física da qual a humanidade deve se envergonhar e eliminar o quanto antes.

Ao alimentar-se de forma vegana deixamos de alimentar essa indústria cruel e assassina.

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