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Ativistas australianos deixam matadouro depois de receberem três cordeiros vivos

3 de maio de 2019
2 min. de leitura
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Por David Arioch

A ação foi realizada em uma madrugada no matadouro da Carey Bros, onde 20 manifestantes se acorrentaram aos equipamentos (Foto: Green Shirts Movement QLD)

No mês passado, durante manifestação em um matadouro em Yangan, a 100 quilômetros de Toowoomba, no estado de Queensland, na Austrália, ativistas dos direitos animais receberam três cordeiros vivos para que fossem embora do local.

A ação foi realizada em uma madrugada no matadouro da Carey Bros, onde 20 manifestantes se acorrentaram aos equipamentos como forma de protesto contra a exploração de animais para consumo.

O protesto teve duração de duas horas até que um porta-voz da Carey Bros disse que dariam a eles três cordeiros vivos para que deixassem a propriedade. Os ativistas foram embora do matadouro por volta das 5h30, e nenhuma prisão ou acusação foi feita até as 7h, segundo o Brisbane Times. Além dos 30 ativistas que entraram no matadouro, havia mais de 100 do lado de fora.

O deputado James Lister do Partido Nacional Liberal de Queensland, defendeu que os ativistas deveriam “enfrentar a prisão” por suas ações. “Greg e Mark Carey têm um grande negócio, empregam pessoas, pagam impostos e nos alimentam. Esses manifestantes não têm o direito de fazer o que fizeram e precisam ser presos”, declarou o deputado.

Lister exigiu também que a premier de Queensland, Annastacia Palaszczuk, defenda prioritariamente as indústrias e não as “preferências verdes”. Na semana seguinte ao protesto, 11 ativistas foram acusados de transgressão e multados pela ação.

Segundo o Brisbane Times, a premier anunciou que embora não tenha intenção de prender os ativistas, eles serão multados por suas ações que envolvem invasão de propriedade.

Brad King, do santuário Farm Animal Rescue em Dayboro, que participou da manifestação em Yangan, disse que o documentário vegano “Dominion” mudou a sua forma de ver os matadouros:

“Depois de ver esse filme ficou absolutamente claro para mim que o medo e o sofrimento são inerentes aos matadouros. Há várias ocasiões em que eles [os animais] não são atordoados corretamente, mas, mesmo quando são, as imagens mostram inequivocamente que é impossível matar ‘de forma humanizada’ um animal que não quer morrer.”

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