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Investigação secreta mostra animais sendo violentamente surrados no Egito

16 de abril de 2019
3 min. de leitura
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Foto: PETA
Foto: PETA

Uma investigação secreta conduzida pela PETA revelou que os animais explorados nos principais destinos turísticos do Egito, incluindo a Grande Pirâmide de Gizé, Saqqara e Luxor são”espancados até sangrar” por manipuladores.

Agora, a PETA Asia, responsável pelas imagens, pede a proibição do uso de animais para transporte e locomoção em pontos turísticos do país.

De acordo com a ONG, cavalos e camelos são explorados diariamente pela indústria do turismo em locais de enorme influxo de turistas, são usados para transportar os visitantes em suas costas ou em carruagens.

A PETA relata que as condições em que os animais são explorados são terríveis – com os cavalos e camelos trabalhando sem parar “sob sol e calor escaldantes, sem sombra, comida ou água”.

Animais espancados

A ONG ressalta que o vídeo mostra os exploradores responsáveis pelos animais em Gizé batendo violentamente em um cavalo que havia caído exausto enquanto era forçado a puxar uma carruagem, homens e crianças são vistos também “gritando e batendo violentamente em camelos com paus” até seus rostos ficarem ensanguentados no Mercado de Camelos Birqash.

A PETA Asia escreveu para a ministra do Turismo do país, Rania Al-Mashat, pedindo ao Egito que utilize meios de transportes modernos como veículos elétricos, em vez de animais, para transportar as pessoas.

Vergonhoso

“É vergonhoso que animais exaustos e visivelmente abatidos sejam espancados e chicoteados para fazer passeios sem fim no calor, mesmo quando suas pernas vergam de tanto cansaço e chegam a entrar em colapso”, disse a diretora da PETA, Elisa Allen, em um comunicado enviado ao Plant Based News.

“A PETA está pedindo ao Ministério do Turismo egípcio que substitua esses animais maltratados por veículos, como os riquixás elétricos, para que os turistas possam apreciar a rica história do país sem apoiar a crueldade contra os animais”.

A ONG acrescenta: “Uma vez que os camelos vendidos no mercado Birqash não são mais capazes de fazer passeios em torno das pirâmides de Gizé e Saqqara, eles são devolvidos ao mercado e enviados para serem mortos”.

Transporte elétrico em pontos turísticos

Há um precedente para as investigações da PETA que levaram a esse resultado ja esperado; após a investigação realizada pela ONG em Petra, o príncipe filantropo e vegano, Khaled Bin Alwaleed, revelou seu real papel nos planos de restauração de um importante sítio arqueológico na Jordânia, que envolviam preservar a história dos seres humanos e proteger os animais.

O Parque Arqueológico de Petra – declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985 – atrai centenas de milhares de pessoas todos os anos. Muitas pessoas montam animais, incluindo burros, camelos, mulas e cavalos ao longo dos degraus do parque até o mosteiro do local. Isso está danificando os degraus e causando sofrimento aos animais.

Através de sua empresa KBW-Ventures, o Príncipe Khaled deu assistência específica para reconstruir as escadas, construir um santuário para os animais se mudarem e fornecer veículos personalizados para o local que será entregue aos moradores locais. Além disso, estações de carregamento solar serão doadas, assim os veículos serão 100% livres e sem despesas também.

Algumas pessoas, realmente fazem a diferença quando assim o desejam. Cada um pode desempenhar um papel em defesa dos direitos animais. Ao recusar-se a fazer passeios sobre animais e alimentar essa indústria cruel de turismo, seja em que país for, ou envolvendo qualquer outra forma de exploração

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